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    Sete destaques para ficar de olho no retorno da temporada 2022 da Fórmula 1

    Despedida de Sebastian Vettel e possível recorde de Fernando Alonso são alguns dos pontos a serem observados na segunda metade da temporada, que começa nesta sexta em Spa-Francorchamps

    Gabriel Fernedada CNN , Em São Paulo

    Depois de um mês parada, devido às tradicionais férias do meio do ano, a Fórmula 1 volta nesta sexta-feira (26) com os dois primeiros treinos livres do Grande Prêmio da Bélgica, no Circuito de Spa-Francorchamps.

    No sábado (27), o terceiro e último treino livre está marcado para 8h, com a classificação pouco depois, às 11h. A largada da corrida será às 10h do domingo (28).

    Após quatro semanas sem corridas, muitas promessas são aguardadas para os nove GPs restantes.

    A CNN separou sete destaques para prestar atenção na segunda metade da temporada da principal categoria do automobilismo mundial.

    Consolidação de Max Verstappen

    Campeão da Fórmula 1 em 2021, Max Verstappen já se tornou o 8º maior vencedor da história da categoria, com 28 vitórias.

    Com maior regularidade e equilíbrio entre carro e equipe do que as escuderias concorrentes, 2022 é uma grande oportunidade do holandês se consolidar como um dos grandes nomes da história da Fórmula 1.

    Com 258 pontos no campeonato, Verstappen está 80 pontos na frente de Charles Leclerc, de Ferrari, que tem 178 pontos, com nove corridas faltando no calendário. Verstappen venceu as duas últimas provas antes das férias, na França e na Hungria.

    Disputa na Ferrari

    Uma das histórias mais curiosas da atual temporada é a da Ferrari. Depois de um começo avassalador de Charles Leclerc, com vitória em duas das três primeiras provas, a equipe vem colecionando erros que custaram muitos pontos.

    Leclerc abandonou três provas nesta temporada (Espanha, Azerbaijão e França), enquanto o espanhol Carlos Sainz deixou de completar quatro corridas (Áustria, Emilia Romagna, Azerbaijão e Áustria).

    Entre erros de estratégia, problemas nos carros e batidas, a Ferrari viu a Red Bull disparar na frente, tanto na classificação de pilotos quanto na de construtores.

    Muito criticado, o chefe da equipe, Mattia Binotto, disse que não deverá mudar a abordagem que já vem tendo para a segunda metade de temporada, e que a equipe está no caminho certo.

    Vitória da Mercedes

    A Fórmula 1 já conheceu alguns períodos de domínio de algumas equipes ao longo da história. Entre as temporadas de 1980 e 1999, Williams e McLaren venceram 16 de 20 campeonatos. Houve também o domínio da Ferrari de Michael Schumacher, no começo dos anos 2000.

    A mais recente dinastia construída na Fórmula 1 foi a da Mercedes, que venceu todos os sete títulos entre 2014 e 2020 (6 de Lewis Hamilton e 1 de Nico Rosberg).

    Depois de anos de domínio, a Mercedes se viu com dificuldades de adaptação após as mudanças dos carros para a temporada 2022, e o protagonismo passou para a Red Bull e a Ferrari.

    Apesar das dificuldades, a equipe foi se encontrando nas provas, e colocou ao menos um piloto no pódio nas últimas cinco corridas. Nas duas últimas provas, tanto Lewis Hamilton quanto George Russell ficaram entre os três primeiros. Longe da disputa pelo título em 2022, a expectativa da equipe é de conseguir ao menos uma vitória nesta temporada.

    Recorde de Fernando Alonso

    Fernando Alonso no Grande Prêmio da Hungria de 2016
    Fernando Alonso no Grande Prêmio da Hungria de 2016 / Photo by Dan Istitene/Getty Images

    Fernando Alonso é um dos nomes mais respeitados do automobilismo mundial. Chegou na Fórmula 1 em 2001, quando corria pela extinta escudeira Minardi, foi bicampeão mundial da categoria em 2006 e 2007, e acumulou outros três vice-campeonatos.

    Entre idas e vindas, o espanhol de 41 anos está em sua 19ª temporada na Fórmula 1, e tem tudo para bater um recorde em 2022: o de piloto com mais Grandes Prêmios disputados na carreira.

    O GP da Hungria de 2022, último antes da pausa da categoria, foi a 349ª da carreira do piloto e ele está a quatro de igualar a marca do finlandês Kimi Räikkönen, que participou de 353 GPs.

    Se tudo correr como o planejado, Alonso deve igualar Räikkönen no Grande Prêmio de Singapura, e se isolar como o piloto com mais corridas na história da Fórmula 1 em 9 de outubro, no Circuito de Suzuka, no Japão.

    Volta dos GPs do Japão e de Singapura

    A temporada de 2022 também reserva a volta de dois tradicionais circuitos que ficaram de fora em 2021 e 2022, por conta da pandemia da Covid-19: GP do Japão e de Singapura.

    Palco de corridas duas vezes nos anos 70 (1976 e 1977), e em sequência no calendário da F1 de 1987 a 2019, o GP do Japão volta a ser disputado no Circuito de Suzuka neste ano – será a 32ª prova no autódromo.

    Michael Schumacher é o maior vencedor, com 6 triunfos, seguido por Lewis Hamilton e por Sebatian Vettel, que tem 4 vitórias cada. A prova também tem tradição com brasileiros: Ayrton Senna (duas vezes), Nelson Piquet e Rubens Barrichello (uma vez cada), já venceram no circuito.

    O Circuito de Marina Bay entrou para o calendário da Fórmula 1 em 2008, e já faz parte da história da categoria. Logo no primeiro ano, a prova ficou marcada por conta do “Singapuragate” – episódio no qual o então chefe da Renault, Flavio Briatore, orquestrou uma batida proposital de Nelson Piquet Jr, para favorecer Fernando Alonso, seu companheiro de equipe.

    Vettel é o maior vencedor em Singapura, com 5 conquistas, seguido por Lewis Hamilton, que tem 4 vitórias.

    Despedida de Sebastian Vettel

    Sebastian Vettel no Grande Prêmio da India de 2013
    Sebastian Vettel no Grande Prêmio da India de 2013 / Photo by Paul Gilham/Getty Images

    Uma das notícias mais marcantes da temporada 2022 da Fórmula 1 foi o anúncio da aposentadoria do tetracampeão Sebastian Vettel.

    Com 53 vitórias e 122 pódios, o alemão disse que seus objetivos mudaram e que ele quer se concentrar mais na família e em interesses fora do esporte.

    Na Fórmula 1 desde 2007, Vettel detém marcas importantes, como o de piloto mais jovem a conseguir uma pole position e de piloto mais jovem a ser campeão mundial.

    Com a confirmação da aposentadoria, Sebastian Vettel fará suas últimas nove corridas em 2022 e irá se despedir da categoria que o consagrou como um dos grande pilotos da história.

    Dança das cadeiras para 2023

    A formação do grid para a temporada 2023 já é assunto desde a primeira metade deste ano, e deve se intensificar no segundo semestre.

    Das 10 equipes que fazem parte da Fórmula 1, quatro já estão com suas duplas montadas: Red Bull, Ferrari e Mercedes, que permanecerão com os mesmos pilotos deste ano, e a Aston Martin, que confirmou Fernando Alonso para substituir Vettel e formar dupla com Lance Stroll.

    Com Ocon garantido, a Alpine procura um nome para substituir Alonso; Daniel Ricciardo anunciou sua saída da McLaren, que agora vai em busca de uma dupla para Lando Norris.

    Valtteri Bottas (Alfa Romeu), Kevin Magnussen (Haas), Pierre Gasly (Alpha Tauri) e Alexander Albon (Williams) irão permanecer para a próxima temporada. Já as presenças de Guanyu Zhou (Alfa Romeu), Mick Schumacher (Haas), Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) e Nicholas Latifi (Williams) ainda não estão confirmadas para 2023.

    Veja a lista com os GPs restantes da temporada 2022:

    • Grande Prêmio da Bélgica (Spa-Francorchamps) – 28 de agosto
    • Grande Prêmio da Holanda (Zandvoort) – 4 de setembro
    • Grande Prêmio da Itália (Monza) – 11 de setembro
    • Grande Prêmio de Cingapura (Marina Bay) – 2 de outubro
    • Grande Prêmio do Japão (Suzuka) – 9 de outubro
    • Grande Prêmio dos Estados Unidos (Austin) – 23 de outubro
    • Grande Prêmio do México (Hermanos Rodríguez) – 30 de outubro
    • Grande Prêmio do Brasil (Interlagos) – 13 de novembro
    • Grande Prêmio de Abu Dhabi (Yas Marina) – 20 de novembro

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