Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    CNN Esportes

    Atlético Mineiro mantém Coudet, e técnico se desculpa: “Não era hora nem lugar”

    Após entrevista polêmica pós-jogo, treinador argentino voltou a falar com a imprensa e garantiu que relação será positiva

    Henrique AndréCláudio Rezendeda Itatiaia

    O Atlético Mineiro não trocará de técnico. Pelo menos até a decisão do estadual, marcada para o próximo domingo (9), contra o América, no Mineirão.

    Nesta sexta (7), o presidente Sérgio Coelho se reuniu com Eduardo Coudet e o executivo Rodrigo Caetano, antes da atividade na Cidade do Galo, expôs a insatisfação da diretoria com a entrevista concedida pelo argentino após derrota na Libertadores e ouviu a versão do hermano, de “cabeça mais fria”.

    Após o encontro, inclusive, o argentino já foi a campo para comandar a atividade marcada, pensando na decisão do Estadual, contra o Coelho.

    Técnico se desculpa em coletiva

    Ainda nesta sexta-feira, Coudet conversou com a imprensa em outra coletiva, desta vez na Cidade do Galo, e pediu desculpas pelas cobranças públicas aos seus superiores.

    O argentino admitiu que expôs temas internos da instituição no lugar e no momento errados.

    Reconheço que não era o momento, pedi desculpas ao presidente, aos investidores, e disse que estava nas mãos deles qualquer decisão

    Eduardo Coudet

    Coudet informou que não tem intenção de deixar o Atlético neste momento e que sua prioridade é dar o título mineiro à torcida no domingo, contra o América, no Mineirão.

    “Não é minha intenção sair. Estou aqui porque escolhi. Falei algumas coisas, tentando mostrar as limitações que temos no grupo. Os jogadores fazem grande esforços, somos competitivos em todos os jogos, com a participação de todos. Temos que seguir trabalhando dessa maneira. Volto a dizer: escolhi esse clube. É difícil falar de nós, da minha própria pessoa, mas tinha muitas propostas, e do Brasil. E eu quis vir ao Atlético. Então, estou feliz aqui. Volto a dizer que não era o momento e o lugar para falar, mas, bem, às vezes ocorre isso comigo. Às vezes falo o que sinto no momento, mas é um momento bom passar uma mensagem de estar junto e de pensar no jogo de domingo”, ponderou o comandante do Galo.

    Relação com atletas, torcida e diretoria

    Perguntado se teme desgaste na relação com torcida, jogadores e diretoria pelo descontrole com o revés no Mineirão, Coudet contemporizou:

    “Falei o que pensava sobre a torcida, jamais fui desrespeitoso e não faltou apoio. Não faltei com respeito às cobranças (Edenilson e Vargas foram vaiados), mas a uma pessoa que me tacou um copo de cerveja. Vou me relacionar da mesma maneira. A minha relação com os jogadores que estão aqui é espetacular. Se todos (reforços) estão aqui, é porque eu os chamei. Quanto à pressão, sei que temos que jogar bem porque sei o clube no qual estou”, destacou Chacho.

    Em relação ao teor da reunião, na qual estiveram presentes o presidente Sérgio Coelho, o presidente do Conselho Deliberativo, Ricardo Guimarães, o diretor-executivo Rodrigo Caetano, o argentino apenas ponderou que deixou a decisão, da permanência ou não, nas mãos da diretoria, e que estava preparando para o duelo de domingo (9), contra o América, que vale o título do Campeonato Mineiro.

    Entenda o caso

    Nervoso por ter sido atingido por um copo de cerveja assim que se dirigia ao vestiário, jogado por um torcedor, e também pelas vaias direcionadas a Edenilson e Vargas, com a bola ainda rolando, Coudet soltou o verbo durante a sabatina com os jornalistas e, além da postura dos atleticanos, não poupou a diretoria das supostas promessas não cumpridas.

    Com vínculo até o fim de 2024, ele também reclamou da não existência de cláusula para rompimento do contrato no meio do caminho e até cogitou uma possível saída imediata.

    “Faltou com a verdade”

    De acordo com outra fonte ligada ao clube, em contato com a Itatiaia, a visão é que Coudet “faltou com a verdade” e teve postura inadequada, usando a imprensa para expor situações que deveriam ser resolvidas internamente.

    “O que foi prometido foi cumprido. Saíram nove jogadores reservas e chegaram oito pedidos por ele. O elenco deste ano custa o mesmo de 2022, e a receita com a venda foi igual ou até um pouco menor do que o valor gasto com contratações”, destacou.

    Com 16 jogos realizados pelo Atlético, e com vínculo até o fim de 2024, Coudet acumula 10 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. O futebol apresentado pela equipe, porém, não convence parte da torcida e mídia, que não poupam o argentino das críticas.

    Tópicos