Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    CNN Esportes

    Abel detona calendário do futebol brasileiro após vitória do Palmeiras: “Uma vergonha”

    Técnico português criticou decisões da CBF em relação às datas do calendário

    Mateus Pinheiroda Itatiaia

    Palmeiras bateu o Internacional por 3 a 0 neste sábado (11), na Arena Barueri, em São Paulo, e assumiu a liderança provisória do Brasileiro na 34ª rodada. Abel Ferreira, mesmo com a vitória, fez duras críticas ao calendário brasileiro, pediu para voltar a jogar no Allianz Parque e explicou mexidas.

    Críticas ao calendário

    O futebol brasileiro viveu maratona de jogos no mês de outubro e começo de novembro. Nos próximos dez dias, viverá pausa para Data Fifa e realização das Eliminatórias para Copa do Mundo de 2026. Abel Ferreira não terá no período de treinos Endrick (Brasil), Raphael Veiga (Brasil), Richard Ríos (Colômbia), Gustavo Gómez (Paraguai), além de Piquerez (Uruguai), todos convocados.

    “É uma vergonha a CBF deixar fazer oito jogos seguidos com dois ou três dias de descanso. É uma vergonha. Isto é insano para todo mundo”, esbravejou Abel em entrevista coletiva na Arena Barueri.

    O técnico português viu o zagueiro Luan se lesionar ao final da primeira etapa, com dores na coxa, e foi obrigado a substituir o camisa 13 pelo jovem de 21 anos, Naves. No Inter, Dalbert e Aranguiz também sentiram problemas e tiveram que ser substituídos.

    “No último jogo aqui, o Athletico-PR ficou sem dois jogadores. Hoje, o Luan se lesionou, e o Inter perdeu dois jogadores. Será que isso não faz as pessoas refletirem? É uma vergonha o que fazem com os jogadores brasileiros, com o futebol brasileiro. Há um público top, jogadores bem preparados, felizmente temos o núcleo de performance que nos ajuda”, seguiu Abel com as críticas.

    “Contra o Flamengo, não conseguimos. Acertamos e erramos como todos, mas precisamos refletir. É uma vergonha o que está acontecendo, oito jogos seguidos com dois ou três jogos de descanso. Enquanto eu estiver aqui no Brasil, vocês vão ouvir isso: é uma vergonha. Essa é a minha opinião. Tudo o que eu falo tem uma única intenção: tornar o futebol brasileiro melhor”, criticou.

    Mudanças no jogo

    Abel surpreendeu ao tirar a estrela do jogo, Endrick, dois minutos após a joia de 17 anos fazer o segundo gol da partida. Melhor em campo, o jovem deixou o campo incomodado, direto para o vestiário.

    “A única coisa que posso dizer em relação ao Endrick é que, enquanto ele tiver energia, o manteremos lá dentro. Depois, depois… Posso lhes fazer uma pergunta? Por que tenho onze jogadores no banco de reservas? É para ver os outros jogando lá dentro do campo? Oito jogos seguidos. Vocês não sabem, mas já viram os jogadores com aqueles aparelhinhos aqui (referindo-se ao GPS). Esse aparelhinho mede o quanto correm, a velocidade que correm. Quando um carro começa a perder rendimento, você troca. O Endrick foi espetacular, fez o que tinha de fazer, estamos muito felizes com ele, teve um período muito difícil, e graças ao trabalho e dedicação está nos ajudando. Ele é um jogador especial, foi vendido pelo valor que foi com uma idade especial para um clube especial”, avaliou Abel.

    Longe do Allianz

    O Palmeiras finalizou sequência de dois jogos como mandante longe do Allianz Parque, que está recebendo shows em São Paulo. Abel foi crítico às partidas realizadas na Arena Barueri.

    “Só quero jogar no Allianz Parque, o resto (dá de ombros). O Allianz Parque é a nossa casa, é ali que quero jogar. O resto não me importa, quero ganhar jogos e títulos, é isso que me pedem. Ganhamos oito títulos e ainda somos xingados porque não é o suficiente. Só quero ganhar e jogar na nossa casa. Eu não quero saber da direção e da WTorre, isso não é problema meu, eu quero jogar no Allianz Parque. Se vamos ganhar ou se vamos perder, não sei, mas quero jogar no Allianz Parque. Comecei essa entrevista dizendo ao seu colega que uma equipe campeã não pode ter um estádio assim, vocês que me desculpem. É isso que nos exigem, é isso que nos pedem, então é isso que vou pedir também e exigir. A nossa casa não é aqui, é no Allianz Parque. Até o banco não me sinto confortável, não é o banco onde sento. Às vezes, tropeço aqui (sala de imprensa) no fundo. Não é igual, não é igual”, finalizou.


    Acompanhe CNN Esportes em todas as plataformas

    Tópicos