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    55ª edição do Super Bowl é neste domingo (7); entenda mudanças devido à pandemia

    Noite mais importante do futebol americano se adapta diante da Covid-19; show principal será do cantor The Weeknd, que estourou em 2020 com hit Blinding Lights

    Luana Franzão*, da CNN, em São Paulo

    O Super Bowl é um dos eventos esportivos mais esperados do ano, não somente nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.

    O acontecimento, essencialmente, é a final do campeonato da NFL (National Football League — em tradução livre, Liga Nacional de Futebol), principal divisão do futebol americano. Dois times se enfrentam pelo troféu logo no início do ano, época onde a temporada do esporte termina.

    Desde a primeira edição do Super Bowl, em 1967, muita coisa mudou. 54 edições depois, o evento não é apenas uma final de campeonato, mas também um espetáculo da música e da publicidade. A celebração reúne as atenções dos norte americanos e dos amantes de esporte de vários lugares.

    Em 2021, o dia será diferente de outros anos, principalmente devido à pandemia da Covid-19. Com menos público, sem festas e sem alguns dos tradicionais anunciantes, o Super Bowl também teve de se adaptar.

    Neste domingo (7), se enfrentam os times Tampa Bay Buccaneers, da Flórida, e Kansas City Chiefs, do estado do Missouri. Ambos os lados possuem estrelas do esporte em campo, e o embate entre os quarterbacks será um dos destaques da noite.

    Do lado dos Buccaneers, está Tom Brady, atleta já consagrado na modalidade que enfrentará seu décimo Super Bowl, aos 43 anos — ele estava presente em quatro das últimas cinco finais da NFL. Ícone do futebol americano, Brady é mais conhecido no Brasil por outro posto, o de marido da top model Gisele Bündchen.

    Já os Chiefs possuem Patrick Mahomes, jovem destaque da temporada (possui apenas 25 anos) — que, segundo alguns, pode ser o sucessor do próprio Brady.

    O jogo acontece no Raymod James Stadium, em Tampa, na Flórida, e começa às 20h30 no horário de Brasília.

    Confira os principais detalhes do embate de domingo:

    Público

    Raymod James Stadium
    Raymod James Stadium, em Tampa, na Flórida
    Foto: Divulgação/NFL

    Por ser o evento esportivo mais esperado nos Estados Unidos, o Super Bowl costuma ter os ingressos esgotados rapidamente — mesmo os com preços altíssimos, que podem chegar a mais de 10 mil dólares.

    Na edição deste ano, o público não participará do momento com o mesmo peso de antes. Por conta da pandemia, apenas 14.500 ingressos estavam disponíveis para a venda, menos de 30% da capacidade do estádio, que possui 65 mil assentos.

    Outros 7.500 ingressos foram distribuídos gratuitamente a profissionais da saúde que já receberam a vacina contra a Covid-19, como forma de homenagem da NFL aos “heróis da pandemia”. Todos os espectadores receberão um “kit” de prevenção, que incluiu máscaras do tipo N95 (hospitalares e com maior nível de proteção) e álcool.

    A torcida dos Tampa Bay Buccaneers sente ainda mais profundamente o impedimento do público, pois este é o primeiro time da história a disputar um Super Bowl em casa — o que implicaria, em outra situação, uma quantidade massiva de torcida para a equipe.

    Contágio

    A Covid-19 é um tópico delicado sobre a realização do Super Bowl e de toda a temporada. Após o retorno das atividades, os jogadores, técnicos e outros membros da Liga foram testados diariamente para o novo coronavírus.

    Cerca de 700 membros do campeonato testaram positivo para a infecção durante o período dos jogos. Até o momento, nenhum dos jogadores e técnicos que integrarão a partida de domingo acusaram a doença, mas dois membros do Kansas City Chiefs tiveram contato com casos confirmados e estão cumprindo isolamento.

    A cidade de Tampa, local que receberá a partida, está sofrendo com os efeitos da pandemia. Até o momento, no condado de Hillsburg (que compreende Tampa), cerca de 1.300 mortes já ocorreram pela Covid-19. A região foi considerada pelo rastreamento da pandemia do jornal americano The New York Times como de “extremo risco” de contágio pela doença, considerando o números de infectados versus a quantidade de habitantes.

     

    Eventos, festas e ações

    Além do jogo em si, a cidade sede também recebe inúmeras ações para o público e festas para as equipes.

    O circuito tradicional de entrevistas na semana anterior à partida, e o “Media Day”, evento prévio ao jogo que reunía milhares de jornalistas para entrevistas coletivas e revelações dos detalhes do espetáculo, estão acontecendo via internet.

    Para cumprir esta agenda, os times costumam chegar pelo menos uma semana antes do evento, o que não acontece desta vez. Sem necessidade de viajar, os Buccaneers já estão na cidade, mas a equipe de Kansas City somente deve chegar um dia antes da partida, no sábado (6).

    Ações que ocorreriam na cidade, como pontos para assistir ao jogo, não ocorrerão.

    A chamada Tailgate Party, um pequeno show reservado para uma parte dos torcedores que ocorre antes do jogo no estacionamento do estádio, só poderá ser assistido pelos profissionais de saúde convidados. Nesta edição, a NFL convidou a cantora Miley Cyrus para liderar a festa reduzida. O público poderá acompanhar a apresentação via transmissão no TikTok.

    As festas glamurosas promovidas pela chefia da NFL e por patrocinadores não ocorrerão em 2021. As celebrações costumam reunir a elite do esporte, com os principais jogadores, cúpula da Liga, empresários patrocinadores ou das redes de televisão que transmitem o Super Bowl.

    Show do intervalo

    The Weekend será a atração do show do intervalo
    The Weekend será a atração do show do intervalo
    Foto: Divulgação/PepsiCo/NFL

    O Halftime Show, promovido por um artista convidado anualmente, é um dos pontos mais altos da partida. No intervalo que representa a metade do jogo, um show extravagante e com muita produção chama a atenção do público. 

    Na 55ª edição da solenidade, quem comanda a atração é o cantor The Weeknd — nome artístico de Abel Tesfaye. O convite para se apresentar no Super Bowl é considerado um reconhecimento grande para o artista e um dos momentos mais importantes da carreira, e por esse motivo, as expectativas sempre são altas.

    O cantor lançou em 2020 o seu álbum After Hours, que foi um sucesso de público e crítica. A canção Blinding Lights, principal hit da coletânea, foi a música mais ouvida de 2020 segundo o ranking da revista especializada Billboard. Os fãs estão atentos para a performance de domingo.

    Abel não contará com o público tradicional que assiste à apresentação e o show respeitará as normas do distanciamento estabelecidas pela Liga.

     

    Publicidade

    Os intervalos comerciais do Super Bowl são o espaço mais privilegiado da televisão americana. Não há uma quantia certa, mas cifras milionárias sao investidas pelas marcas para aparecerem neste momento. O ritual é tão tradicional que o público aguarda para ver as propagandas feitas pelas empresas especificamente para a transmissão no jogo, que são sempre muito bem produzidas. Alguns trailers de filmes e séries também são transmitidos.

    Algumas das empresas mais presentes nos intervalos ao longo dos anos ficarão de fora em 2021. É o caso da Budweiser, por exemplo, que anuncia no Super Bowl desde 1983. A marca de cervejas decidiu doar o dinheiro que seria investido na propaganda para a produção de vacinas contra a Covid-19. Apesar de a marca Budweiser estar fora do evento, a empresa que é dona da cervejaria ainda anunciará outras marcas do grupo, como a Bud Light.

    A mesma estratégia está sendo utilizada pela PepsiCo. A marca Pepsi ficará de fora da publicidade, mas a Mountain Dew e a Frito-Lay, ambas também parte da empresa, serão anunciadas.

    Uma gigante dos intervalos, a Coca-Cola decidiu, ao contrário das outras marcas, retirar-se completamente do Super Bowl nesta edição. A mesma decisão foi tomada pela Audi. Ambas declararam o investimento do dinheiro em causas sociais de combate à pandemia.

    O campeonato não ficará sem novos anunciantes. Entram em campo novos patrocinadores como o aplicativo Triller (concorrente do TikTok), o marketplace Fiverr e o aplicativo de venda de carro Vroom. Marcas como M&M’s, Pringles e Toyota também voltam após um hiato longe dos jogos.

    *Sob supervisão de Guilherme Venaglia

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