Super Bowl 2022: mudança de geração, alto nível técnico e valores recordes
Acontece neste domingo (13), a final da 56ª edição do Super Bowl - relembre todas as mudanças que aconteceram nesta temporada da NFL e saiba quais os destaques da partida
Não será um domingo qualquer. E não é apenas mais um Super Bowl, um evento que, por si só, faz o americano parar. A temporada 2021-2022 da NFL tem motivos suficientes para ser adjetivada como uma das maiores (senão a maior) de todos os tempos.
Parece tudo superlativo, como o estilo de vida dos Estados Unidos. Mas existem elementos para corroborar e aumentar a ansiedade do que vai acontecer na decisão entre Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams, neste domingo (13) no SoFi Stadium, Inglewood, Califórnia.
Maior em termos de números de jogos a temporada já é: pela primeira vez, cada time atuou 17 vezes na fase regular, uma partida a mais do que ocorria nos últimos anos — resultado de uma extensa discussão entre times, liga e representantes dos atletas.
No aspecto técnico, a NFL neste ano entregou emoção. Os jogos da chamada rodada divisional em janeiro, que serviram como as semifinais de cada conferência, tiveram desfechos eletrizantes. Todos os quatro confrontos terminaram ou com a necessidade de prorrogação, ou com a definição do placar nos últimos segundos — algo jamais registrado na história da competição, de acordo com o NFL Research.
Essa temporada é também aquela que marca uma passagem de bastão entre gerações. Começou já sem Drew Brees, campeão com o New Orleans Saints, que se aposentou após 20 anos como profissional. Terminou com o anúncio do fim da carreira de Ben Roethlisberger, duas vezes campeão com o Pittsburgh Steelers.
A aposentadoria a ser lembrada para sempre será a de Tom Brady — o maior jogador da história do futebol americano —, o único a vencer o Super Bowl em sete oportunidades, a última em fevereiro de 2021.
Brady, Big Ben e Brees representam uma geração de quarterbacks de uma escola em extinção no futebol americano. Eles saem de cena no momento em que novos talentos dessa posição emergem, com capacidade de improviso e muita mobilidade, dando um tom mais jovial para a liga.
Joe Burrow, de 25 anos, é um desses representantes. Estará em campo pelo Cincinnati Bengals, com apenas dois anos de profissionalismo, sendo que o primeiro deles foi tomado quase todo por uma grave lesão.
Já Mattew Stafford é de uma classe de transição. Pouco mais de uma década depois de ser escolhido pelo Detroit Lions, tem a grande chance da vida agora pelo Los Angeles Rams.
Los Angeles se prepara para festejar
Jogando em casa e com a maior parte de torcida no estádio, o Rams é considerado favorito por todas as casas de aposta, e se confirmar tal status, vai seguir a tradição de um polo esportivo vencedor: Lakers no basquete, Dodgers no beisebol e até mesmo o Galaxy, com David Beckham no futebol, estão na história como grandes campeões do esporte.
Os fãs dos Bengals, que vieram em sua maior parte de Ohio, não se esquivam do rótulo de “underdog” — azarões. Tentam seu primeiro título no Super Bowl, depois de falharem duas vezes, e sempre contra uma outra equipe californiana, o San Francisco 49ers.
Ao todo, são 70.240 pessoas — vacinadas — que vão testemunhar presencialmente o mais recente capítulo da história do esporte sendo registrada. A NFL confirmou na sexta-feira (11) a obrigatoriedade de apresentação do passaporte de vacinas e testes negativos para Covid-19, além do uso de máscaras durante todo o evento.
Um público que pagou os maiores valores em toda história das 55 edições anteriores do Super Bowl — outro recorde para este ano.
Em pleno inverno americano, a temperatura esperada para o jogo é de 31°C, a mais quente dos últimos anos — nem mesmo os termômetros puderam escapar dos superlativos.