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    Série B de 2021 terá o maior número de campeões brasileiros da história

    Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Coritiba e Guarani vão se enfrentar na segunda divisão da competição

    German Cano, do Vasco da Gama, durante partida contra o Goiás válida pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro
    German Cano, do Vasco da Gama, durante partida contra o Goiás válida pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro Foto: Peter Ilicciev/Enquadrar/Estadão Conteúdo

    Will Marinho, da CNN, em São Paulo

    Com a confirmação da queda do Vasco da Gama, a próxima edição do Campeonato Brasileiro da Série B terá um número recorde de clubes que já foram campeões nacionais. Além do clube cruzmaltino, Botafogo, Coritiba, Cruzeiro e Guarani estarão na disputa, o que representa um total de 12 títulos.

    Cruzeiro e Guarani disputaram a última Série B e não conseguiram retornar. Vasco, Botafogo e Coritiba foram rebaixados neste Brasileirão, ao lado do Goiás. O campeão da edição foi o Flamengo.

    Em entrevista para a CNN, o comentarista esportivo Paulo Calçade, da ESPN, explicou que o momento crítico dos clubes rebaixados tem origem nos problemas administrativos. “A má fase que acomete os clubes rebaixados é um espelho do que está acontecendo em todo o futebol brasileiro. Tudo isso por falta de gestão. A maioria dos clubes são mal administrados e carecem de um plano que enxergue o time como uma indústria. O rebaixamento pode acontecer a qualquer momento com várias equipes que atualmente estão na série A”.

    Dos 12 títulos brasileiros, o Cruzeiro coleciona quatro conquistas, sendo uma delas da Taça Brasil de 1966, reconhecido como equivalente ao Brasileirão pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Os outros vieram nos anos de 2003, 2013 e 2014.

    O Vasco da Gama ganhou quatro edições do Brasileirão nos anos de 1974, 1989, 1997 e 2000. Já o Botafogo possui dois títulos: um de 1995 e outro da Taça Brasil de 1968. O Coritiba conquistou o título da Série A em 1985. E o Guarani possui o título de 1978.

    Orçamento pode ser problema na Série B

    De acordo com Calçade, mais que ser rebaixado, os times precisam se adaptar à Série B caso queiram retornar ao grupo de elite do futebol brasileiro.

    Os times já chegam com grandes dificuldades financeiras na Série B. Exemplo disso é o Cruzeiro que entrou na segunda divisão com graves problemas de administração e não conseguiu subir para a Série A. Como as equipes contraem dívidas durante a primeira divisão, na segunda eles não conseguem fundos suficientes para se manter. Caso queiram subir ao grupo de elite, os clubes devem melhorar sua administração interna

    Paulo Calçade, comentarista de esportes

     

    Levantamento da consultoria Sports Value divulgado pela CNN mostra que a dívida do Cruzeiro é de cerca de R$ 540 milhões, do Botafogo de R$ 514 milhões e do Vasco R$ 364 milhões. Veja os números.

    O comentarista também aponta que com exceção do Vasco da Gama, que já esteve três vezes Série B, a maioria dos times não estão acostumados a disputar a segunda divisão. “A Série B não é uma condição normal na vida dos grandes clubes”, enfatiza.

    A próxima Série B terá a disputa de 20 clubes: Vasco da Gama, Goiás, Coritiba e Botafogo (rebaixados); CSA-AL, Sampaio Corrêa-MA, Ponte Preta-SP-, Operário-PR, Avaí-SC, CRB-AL, Cruzeiro-MG, Brasil de Pelotas-RS, Guarani-SP, Vitória-BA, Confiança-SE e Náutico-PE (já disputaram a última edição); e Vila Nova-GO, Remo-PA, Brusque-SC e Londrina-PR (subiram da Série C).

    Pandemia

    A pandemia da Covid-19 afetou vários setores em todo o mundo, e com o esporte não foi diferente. Com a proibição do comparecimento do público nos estádios, os clubes de futebol perderam uma importante fonte de renda. Porém, para Calçade, o problema vem de muito antes da pandemia.

    “A maioria dos torcedores brasileiros assistem presencialmente o jogo dos seus clubes em dois momentos: na conquista de um título ou durante uma crise em que o time vai ser rebaixado. Fora isso, ele não vai no estádio. E isso piorou durante a pandemia da Covid-19. Os clubes que não possuem o sócio-torcedor, sofrem ainda mais com a crise”, afirma.