Seleção brasileira de 1982 se une em combate ao novo coronavírus
O time que perdeu a Copa e conquistou o mundo volta para vencer
Zico, Falcão, Junior e Leandro. Além de fazerem história junto da equipe que marcou o que muitos chamam de “futebol arte”, os ex-jogadores gravaram um vídeo pedindo por doações em combate ao novo coronavírus (COVID-19).
A antiga equipe que pediu para que os brasileiros trabalhem juntos, também fez doações em dinheiro que ajudariam, principalmente, as favelas. Evitando assim o assolamento da doença em regiões carentes e superlotadas.
“A Seleção Brasileira de 1982 representava criatividade, união e espírito de equipe”, disse Falcão. “Agora vamos entrar em campo de novo pelo Brasil”.
O ex-volante conta que R$ 2,6 milhões foram arrecadados em menos de uma semana.
O apelo dos craques é o mais recente de uma série de esforços de atletas e ex-atletas brasileiros para ajudar o país a lidar com os efeitos da COVID-19.
Mais de 900 brasileiros já morreram com o vírus, mas os médicos temem que o número de mortos possa aumentar exponencialmente se a doença avançar pelas favelas, já densamente povoadas.
A seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1982, na Espanha, é considerada uma das melhores equipes que não conseguiu ganhar o torneio.
Depois de vencer a União Soviética, Escócia, Nova Zelândia e a Argentina, o Brasil precisava de um empate contra a Itália para chegar às semifinais. No entanto, um hat-trick (três gols do mesmo jogador em uma única partida) de Paolo Rossi deu à Itália uma vitória por 3 x 2 e os ajudou no caminho para a final, onde os italianos derrotaram a Alemanha Ocidental.
Apesar de ter sido desclassificada na Espanha, o ano de 1982 ficou marcado pela competência do time, conhecido também como “esquadrão arte”, nome dado por críticos, jornalistas e torcedores em defesa de que nem sempre o melhor vence.
Todo o time brasileiro, exceto Sócrates, o goleiro Waldir Peres e o meia Batista ainda estão vivos e contribuíram com o vídeo para a iniciativa de Falcão.
O projeto Mães da Favela, que concentra as doações, afirma que até o momento mais de 10 mil famílias já foram atendidas.