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    Retomar jogos seria irresponsável, dizem dirigentes de Bahia e Botafogo

    No fim de abril, o ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que o governo federal estudava liberar a realização de partidas de futebol com arquibancadas vazias.

     

    O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, e Carlos Augusto Montenegro, membro do comitê gestor do Botafogo e ex-presidente do clube, classificaram como “irresponsabilidade” uma eventual retomada de jogos de futebol no Brasil no atual momento da pandemia de COVID-19. A avaliação foi feita durante debate na CNN nesta terça-feira (5). 

    No fim de abril, o ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que o governo federal estudava liberar a realização de partidas de futebol com arquibancadas vazias. Bellintani e Montenegro defenderam, entretanto, o retorno monitorado dos treinos em casa.  

    “Uma coisa que tem que ficar muito clara é a diferença entre o que é retorno aos treinos e o retorno dos jogos. Não estamos falando de retorno dos jogos, seria uma irresponsabilidade da nossa parte em função da pandemia e pelo que tem sido dito pelas autoridades públicas”, disse Bellintani. 

    “Treinos em casa, nós do Botafogo já estamos fazendo. Agora, treino presencial ou jogos, nem pensar. Hoje eu li que a Fifa e a Comembol estão estudando o que fazer em relação a setembro, se vão adiar o início da Copa do Mundo. Em maio, podemos chegar em mil mortes por dia, segundo o ministério. Eu acho que a vida humana está acima de qualquer coisa e o clube está ciente disso. Não tem como falar em volta ao futebol”, afirmou Montenegro. 

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    Sobre a possibilidade de volta aos treinos ainda neste mês, o presidente do Bahia diz que seguirá orientações das autoridades e defendeu a criação de um protocolo para o retorno dos jogadores e avaliação de cada região.

    “Decidimos que não é a nossa crença que vai determinar as nossas etapas e sim, as autoridades de saúde. No momento em que o futebol estiver preparado para voltar com as devidas autorizações, nós devemos utilizar o clube para nos comunicar com as pessoas. Por isso se deve avaliar região por região, e defendemos a criação de protocolo para orientar jogadores a que tipo de teste ele deve fazer, como ele deve se higienizar e outras medidas que eu acredito que podem ser muito úteis ao futebol nesta retomada”, disse Bellintani.

    Montenegro concordou com a necessidade de uma análise por estado e avaliou o retorno das atividades de Grêmio e Internacional, que voltam aos treinos nesta semana

    “São regiões distintas, mas voltar os jogos na região Sul resolve o problema de lá, mas não resolve dos outros estados. Essa é uma doença muito traiçoeira, não sabemos muita coisa sobre ela. Futebol é um jogo de contato, infelizmente acho que vai ser uma das últimas atividades a voltar”, afirmou.