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    Presidente do Conass: Copa América no Brasil é risco para todas as delegações

    Conselho Nacional de Secretários de Saúde enviou uma carta aos governadores e ao Governo Federal pedindo que o evento não ocorra

    Produzido por Elis Franco, da CNN em São Paulo

    O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) manifestou preocupação com o fato de o Brasil sediar a Copa América nas próximas semanas. O conselho enviou uma carta a governadores e ao Governo Federal pedindo que o evento não ocorra, com o argumento de que o país pode ter um aumento significativo dos casos de Covid-19.

    Em entrevista à CNN, o presidente do Conass e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, disse que ao sediarmos o evento, colocamos em risco as delegações que virão ao país. 

    “Um evento desse porte gera aglomeração porque não é comum, gera uma mobilização do país porque é o Brasil que está jogando. Gera tudo aquilo que não precisamos: pessoas que não têm convívio estarem convivendo para verem o jogo”, explicou Lula.

    “Colocamos em risco também as delegações que estão vindo, porque hoje o risco é o Brasil. Como não conseguimos vacinar, temos um risco muito grande para delegações que estão chegando, inclusive a disseminação de cepas que não têm circulação nos países que essas pessoas estão.”

    O secretário de Saúde também falou sobre a “urgência” de sediar a Copa América. “Não tem sentido esperarmos meses para decidir sobre vacinas e em questão de horas decidir um evento desses, que não tinha previsão para acontecer no Brasil.”

    Sobre o argumento do governo federal de que o país já está recebendo eventos esportivos, como a Libertadores, Lula enfatizou que tentam “falar duas coisas que não são iguais”.  

    “Uma coisa são os eventos que já existem normalmente no país, como a Libertadores. Nós entendemos a razão deles existirem sem público, por ora, e com protocolos rígidos de segurança. A gente poderia gerar desemprego em massa de jogadores, quebra de clubes, toda cadeia esportiva, jornalistas esportivos. Tudo isso teria problemas se a gente resolvesse parar.”

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