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    Maya Gabeira quebra próprio recorde de maior onda surfada por mulher: ‘um sonho’

    Foram 22,4 metros na praia de Nazaré, em Portugal, segundo anunciado pela World Surf League

    A surfista brasileira Maya Gabeira falou à CNN, nesta sexta-feira (11), sobre ter quebrado o próprio recorde ao surfar uma onda de 22,4 metros na famosa praia de Nazaré, em Portugal. O recorde de maior onda já surfada por uma mulher foi anunciado nessa quinta-feira (10) pela World Surf League.

    “Foi um sonho. Meu recorde anterior era 20,7 metros e peguei essa onda em fevereiro, durante a competição de Tow-in Surf, em Nazaré”, relatou ela, que ainda acrescentou que não tinha pretensão de bater a marca. 

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    Maya Gabeira pega onda de 22,4 metros durante competição em Nazaré, em Portugal
    Maya Gabeira pega onda de 22,4 metros durante competição em Nazaré, em Portugal
    Foto: Reprodução/CNN (11.set.2020)

    “Não era meu foco quebrar o meu recorde, não estava focada em um número, mas simplesmente muito focada em competir bem”, disse ela, que participou, pela primeira vez, de uma competição com duplas mistas – ou seja, homem e mulher.

    “Era a primeira dupla mista profissionalmente falando. Eu era a única mulher competindo na divisão masculina, e minha dupla me puxou nessa onda”, acrescentou. 

    “Foi uma sensação inesquecível. Quando você chega na base da onda, ela explode atrás de mim e eu ainda seguro por algum tempo. Nunca vou esquecer o barulho e a energia. Muito intenso”, completou.

    Maya também relembrou o acidente que sofreu no mesmo local há alguns anos e como se recuperou e voltou em alta performance. Ela admitiu que ainda tem muito medo da onda. 

    “Tenho esse medo, esse respeito e essa noção do que pode acontecer de fato numa onda desse tamanho, então é sempre uma superação para mim e um pouco difícil de acreditar”, disse. 

    “Minha volta não era uma certeza, mas continuava tentando e buscando a solução para a minha lesão”, disse. “Então, quebrar o primeiro recorde já foi algo extraordinário e seguir nesse caminho é algo surreal”, concluiu.

    (Edição: Marina Motomura)

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