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    Lewis Hamilton critica F1 por ‘falta de liderança’ no combate ao racismo

    Piloto britânico também criticou alguns motoristas rivais por não levarem a questão a sério o suficiente

    Lewis Hamilton ergue punho no pódio do Grande Prêmio de Estíria, na Áustria
    Lewis Hamilton ergue punho no pódio do Grande Prêmio de Estíria, na Áustria Foto: Joe Klamar - 12.jul.2020 / Reuters

    O piloto britânico Lewis Hamilton disse que a Fórmula 1 (F1) precisa fazer mais na luta contra o racismo, e criticou alguns motoristas rivais por não levarem a questão a sério o suficiente.

    Os comentários do piloto de 35 anos surgiram após ele vencer o Grande Prêmio da Hungria nesse domingo (19), ocasião em que se sentiu frustrado pela falta de união no setor.

    Ele usou uma camiseta do movimento Black Lives Matter e ficou de joelhos momentos antes da disputa, mas muitos outros pilotos chegaram atrasados à manifestação, realizada antes das últimas três corridas, ou permaneceram de pé.

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    “Definitivamente não há apoio suficiente”, disse Hamilton a jornalistas, segundo a agência PA Media. “É como se tivesse perdido interesse. É falta de liderança.”

    Ele disse ainda que “muitos motoristas parecem compartilhar da opinião que fizeram uma vez e não o farão de novo”.

    O campeão mundial qualificou a falta de união como “embaraçosa” em uma publicação em uma rede social após a corrida, e pediu aos órgãos sociais do esporte que foquem mais nessa questão.

    “Como esporte, precisamos fazer mais. É embaraçoso que tantas equipes não fizeram nenhum comentário público sobre diversidade, ou que não pudemos encontrar tempo adequado para fazer um gesto simbólico em apoio ao fim do racismo antes da corrida”, escreveu ele em sua conta no Instagram.

    “Hoje senti uma imensa falta de organização e esforço, o que dilui a mensagem e faz parecer que havia algo mais importante”, continuou.

    A CNN tentou contatar a Associação de Motoristas do GP para pedir comentários a respeito, mas não teve resposta.

    F1 destaca compromisso

    O motorista da Mercedes também disse que iria entrar em contato o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA, em inglês), Jean Todt, para encorajar o esporte a passar uma mensagem mais coerente.

    “Não fizemos nenhum progresso. Não mudamos nada. É preciso um líder. Onde está Jean [Todt] nesse cenário?”, questionou Hamilton. “Não deveria caber a mim chamar as equipes por não terem tomado responsabilidade pelo assunto. Isso deveria vir de cima para baixo e de pessoas mais poderosas.”

    A FIA reafirmou o seu compromisso de combater o racismo em âmbito global e, recentemente, prometeu destinar € 1 milhão para aumentar a diversidade no esporte.

    A F1 lançou um comunicado em resposta aos comentários de Hamilton, destacando a dedicação do grupo no combate a todas as formas de discriminação. “Acabar com o racismo e aumentar a diversidade e inclusão na F1 é uma prioridade clara e algo que todos apoiam.”

    (Texto traduzido, clique aqui e leia o original em inglês.)