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    Justiça proíbe Caboclo de ir à CBF e de falar com testemunhas do caso de assédio

    Medida restritiva vale até o dia 26 de agosto

    Lucas Janone e Elis Barreto, da CNN, no Rio de Janeiro

    O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) proibiu o presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, de manter contato com todas as testemunhas que fazem parte do caso no qual é investigado por assédio moral e sexual contra uma funcionária.  

    Como algumas delas trabalham na CBF, ele ficou proibido de entrar na sede da entidade. A determinação foi proferida, nesta quinta-feira (05), pela juíza Simone Cavalieri Frota, do 9° Juizado Especial Criminal da Barra da Tijuca.

    Na decisão, a magistrada deferiu o pedido do Ministério Público, e declarou que “as cautelares requeridas destinam-se a garantir o processo e ajudar na apuração do crime, assegurando a atividade probatória, o que resta prejudicado quando vítima e testemunhas são perseguidas ou ameaçadas, havendo nos autos notícias nesse sentido.”

    Sobre o pedido da defesa de indeferimento da medida cautelar com a justificativa de prejudicar o acusado em suas funções laborais, na sentença, a juíza diz “entendo que não há prejuízo, uma vez que ele se encontra afastado de suas atividades junto à CBF, podendo a medida ser reanalisada caso a situação fática se altere”.

    A medida restritiva contra Caboclo fica vigente até 26 de agosto, data marcada pela justiça para uma audiência preliminar do caso.  De acordo com o documento, a decisão busca evitar que Caboclo possa “perseguir ou ameaçar as vítimas”.

    Procurada, a defesa Rogério Caboclo informou que “não comenta processo em segredo de justiça.”.

    Caboclo acusado de assédio

    Rogério Caboclo foi afastado pela Comissão de Ética da entidade em 6 de junho por cometer um suposto assédio moral e sexual contra uma funcionária da entidade. Documentos obtidos pela CNN mostram ainda que o presidente afastado tentou usar R$ 8 milhões da entidade em troca do silêncio da vítima.

    A CNN também obteve com exclusividade a informação de que uma segunda funcionária da entidade pediu demissão da confederação alegando ter sofrido assédio sexual. Segundo uma fonte ligada à CBF, a vítima teria sido assediada sexualmente por Caboclo em pelo menos três momentos durante um voo internacional em 2020.

    Caboclo nega todas as acusações.

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