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    Funcionários da equipe Mercedes de F1 criam aparelho respiratório mais eficiente

    Dispositivos de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas foi desenvolvido com a University College London e consome 70% menos oxigênio que modelo anterior

    Aleks Klosok e Ben Church, da CNN

    A equipe de Fórmula 1 da Mercedes disponibilizará gratuitamente as especificações de um novo aparelho respiratório para ajudar os sistemas de saúde de todo o mundo a combater a crise do novo coronavírus.

    O dispositivo de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP, em inglês) ajuda pacientes com infecções pulmonares a respirar mais facilmente quando uma máscara de oxigênio não é suficiente.

    O aparelho foi desenvolvido por uma equipe de engenheiros da Mercedes e pela University College London (UCL). Após avaliações em pacientes do Hospital da UCL e em outros hospitais da região de Londres, o dispositivo recebeu aprovação regulatória na semana passada.

    Um pedido de até 10.000 dispositivos foi feito pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido. As instalações da Mercedes em Brixworth, na Inglaterra – onde os motores de F1 são projetados e desenvolvidos – foram adaptadas para atender a essa demanda e devem produzir 1.000 unidades por dia.

    O novo dispositivo foi criado a partir da engenharia reversa de um modelo antigo em menos de 100 horas e recebeu aprovação regulatória, informou a UCL, em nota. O design revisado consome 70% menos oxigênio que o modelo anterior.

    “Esses dispositivos que salvam vidas fornecerão suporte vital ao NHS nas próximas semanas, ajudando a manter os pacientes fora dos respiradores e reduzindo a demanda por leitos e funcionários de terapia intensiva”, disse o professor David Lomas, vice-reitor da UCL.

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    “É uma conquista fenomenal que eles cheguem aos hospitais apenas duas semanas após a construção do primeiro protótipo. Isso mostra o que pode ser feito quando universidades, hospitais e indústria trabalham juntos para o bem nacional.”

    As máquinas de CPAP ajudam a manter as vias aéreas dos pacientes abertas e aumentam a quantidade de oxigênio que entra nos pulmões, enviando ar e oxigênio para a boca e o nariz da pessoa a uma taxa contínua.

    Outras equipes de Fórmula 1 com sede no Reino Unido também estão ajudando a produzir milhares de respiradores para suprir da demanda do NHS. Segundo a Universidade Johns Hopkins, o Reino Unido tem 61.487 casos confirmados de coronavírus, com pelo menos 7.111 mortes.

    Temporada caótica

    A integração das Mercedes com a UCL é uma rara boa notícia em uma temporada caótica da F1, que ainda nem tem data para começar oficialmente.

    A organização da categoria, por exemplo, anunciou que colocou 50% de sua equipe em licença temporária e o CEO Chase Carey fará um corte voluntário significativo de seu salário como parte das medidas para reduzir custos durante a pandemia.

    A licença dos funcionários valerá até o final de maio. Eles receberão 80% de seu salário por meio de um esquema de auxílio financeiro anunciado pelo governo britânico.

    Diretores e executivos da também F1 concordaram voluntariamente em cortar seus salários em 20%.

    Três equipes – McLaren, Williams e Racing Point – também colocaram parte de seus funcionários em licença, e os pilotos desses times também aceitaram reduzir seus pagamentos.

    Sem data para correr

    Na terça-feira (7), o GP do Canadá, previsto para 14 de junho, tornou-se a nona corrida a ser afetada nesta temporada. Seu adiamento significa que a primeira corrida programada a não ser adiada ou cancelada, no momento, é o Grande Prêmio da França, em 26 de junho.

    As corridas na Austrália e Mônaco já foram canceladas e outras seis foram adiadas até o momento – Bahrein, Vietnã, China, Holanda, Espanha e Azerbaijão.

    As regras do esporte determinam que no mínimo oito corridas devem ser realizadas para uma temporada ser considerada um Campeonato Mundial de F1. Os organizadores trabalham com a possibilidade de calendário reduzido, com 15 a 18 eventos.

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