Fórmula 1 renova contrato com todas as 10 equipes até 2025
Categoria anunciou assinatura de 'Pacto da Concórdia', que estabelece termos sob os quais equipes competem; promessa é de mais equilíbrio técnico e financeiro
Todas as 10 equipes que fazem parte da Fórmula 1 se comprometeram com a nova era do esporte nesta quarta-feira (19) ao assinarem contrato para disputar o campeonato pelos próximos cinco anos.
Ajudou na decisão das equipes a promessa de mais equilíbrio com as novas regras – previstas para estrear em 2022 – e uma divisão mais justa das receitas.
O “Pacto da Concórdia” é um acordo confidencial com a Liberty Media, detentores dos direitos da F1, e com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) que estabelece os termos sob os quais as equipes competem. O acordo atual expira no final deste ano.
A premiação do campeonato é uma parte importante das receitas das equipes e tem sido uma fonte regular de discussão ao longo dos anos, já que as equipes maiores recebem muito mais do que as menores.
Assista e leia também:
Hamilton vence GP da Espanha e se torna recordista de pódios da F1
F1 cancela corrida no Brasil em razão da pandemia de Covid-19
Após ida de Hamilton a protestos, Mercedes pinta carro de preto contra racismo
Guia da F1 2020: Mercedes e Hamilton são favoritos em temporada encurtada
“O (novo) acordo garantirá um futuro sustentável de longo prazo para a Fórmula 1”, disse a FIA em um comunicado confirmando que todas as equipes assinaram o pacto.
O anúncio acabou com a incerteza sobre o futuro da categoria nos moldes atuais, já que a Haas, de propriedade do empresário norte-americano Gene Haas, avaliava seu futuro na F1 após uma temporada difícil em 2019.
O piloto francês de Haas, Romain Grosjean, descreveu no mês passado a situação como um “elefante na sala” e questionou: “A Haas vai estar aqui [na F1] no próximo ano ou não? Essa é obviamente a questão.”
As três equipes mais antigas e historicamente mais bem-sucedidas da F1 – Ferrari, McLaren e Williams – já haviam anunciado seu compromisso com a categoria na terça-feira (18).
O esporte deveria introduzir mudanças nas regras no próximo ano para permitir corridas mais disputadas e diminuir as disparidades financeiras. O plano, no entanto, foi adiado para 2022 por causa da pandemia do novo coronavírus.
Ainda assim, um limite orçamentário de US$ 145 milhões (pouco mais de R$ 793 milhões) passará a valer em 2021. Esse limite cairá para US$ 140 milhões (R$ 766 milhões) em 2022 e, depois, para US$ 135 milhões (R$ 738 milhões) entre 2023 e 2025.
Historicamente, a Ferrari recebeu pagamentos especiais refletindo seu status como a equipe mais antiga e glamorosa do esporte. Outras equipes importantes também foram recompensadas por sucessos anteriores.
A equipe italiana disse no mês passado que seu status foi respeitado. “A F1 entendeu a importância do papel da Ferrari. Isso para nós foi fundamental e estamos satisfeitos”, disse o chefe da equipe, Mattia Binotto.
O CEO da Fórmula 1, Chase Carey, disse que 2020 representou um desafio sem precedentes e expressou orgulho pela maneira como o esporte voltou às corridas de maneira segura.
“Dissemos no início do ano que, devido à natureza fluida da pandemia, que levaria mais tempo para o Pacto da Concórdia ser acordado e estamos satisfeitos que em agosto tenhamos conseguido um acordo de todas as 10 equipes”, disse ele.
O prazo final para a renovação do acordo era o fim deste mês.