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    Milhões de seguidores e amizade de ídolos: As conquistas de Rayssa além da prata

    Esportes, escola e Charlie Brown Jr. fazem a cabeça da Fadinha do Skate, que conquistou a prata nas Olimpíadas de Tóquio

    Bruno Oliveira, da CNN, em São Paulo

    Chegar a 1 milhão de seguidores no Instagram, conhecer ídolos do esporte e representar bem o Brasil nas Olimpíadas. Antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, esses eram alguns dos sonhos de Rayssa Leal. Hoje com 6,6 milhões de seguidores na rede social, admirada por grandes atletas brasileiros e ainda com uma medalha de prata na bagagem, a Fadinha do skate conquistou bem mais do que imaginava.

    Com muito talento, carisma e espontaneidade, a skatista se tornou a mais jovem medalhista olímpica da história do Brasil. Além da competição, a atleta revelou que todos os momentos que passou ao lado da “ídola”, amiga e skatista Leticia Bufoni, o aniversário da também skatista Pâmela Rosa e as fotos que tirou na vila olímpica estão entre os momentos mais especiais que guarda das Olimpíadas de Tóquio

    Durante a entrevista exclusiva à CNN, enquanto falava sobre suas principais lembranças, um grito de comemoração chamou sua atenção. É de Arthur Leal, seu irmão de 7 anos. Rayssa perde o raciocínio, abre um sorriso e diz: “ouro. Foi ouro! Foi ouro, hein. Ouro em quê”, perguntou para a mãe. Ao saber de quem era, grita que o ouro foi para Ana Marcela Cunha, da maratona aquática, e corre para a sala para comemorar a medalha do Brasil. 20 segundos depois, volta para a entrevista e solta um “foi mal”. 

    Amor por outros esportes

    Comemorar o ouro de Ana Marcela Cunha da maratona aquática foi um exemplo do quanto a Fadinha gosta de esportes. Fora o skate, ela acompanha vôlei, natação, basquete e surfe. Inclusive, contou que o campeão olímpico Ítalo Ferreira se ofereceu para ensiná-la a praticar a modalidade. 

    “O Ítalo falou que ia me ensinar a surfar. Estou esperando. Eu vou ensiná-lo a andar de skate, se bem que ele já sabe um pouquinho, mas vou ensiná-lo a descer no corrimão”. 

    Durante o período que esteva na vila olímpica, a atleta conheceu alguns dos seus ídolos, como os jogadores Bruninho e Lucão, da seleção masculina de vôlei de quadra, e as ginastas Rebeca Andrade e Flávia Saraiva.  

    Um dos esportes que mais gosta é o futebol. Além de assistir aos jogos da seleção brasileira e do Corinthians, seu time de coração, a skatista joga todos os dias com o irmão. Entre os jogadores que mais gosta, estão o argentino Messi, o português Cristiano Ronaldo e os brasileiros Neymar, Gustavo Scarpa e Cássio.

    Rayssa Leal, a ‘Fadinha’, celebra conquista da medalha de prata no skate street
    Foto: Wander Roberto – 26.jul.2021/COB

    Escola

    Com 13 anos e uma rotina de treinos, entrevistas, compromissos comerciais e diversão, a rotina da adolescente também inclui escola. Segundo ela, os amigos já estão acostumados com sua presença, mas admite que as Olimpíadas fizeram a fama aumentar. 

    “Agora vai ser um pouco mais agitado. Fizeram um desenho meu com a minha frase — se você pode sonhar, você pode realizar — em uma parede da escola. Tenho certeza de que meus amigos vão pedir para tirar fotos comigo lá”, disse.

    Acostumada a brilhar nos campeonatos, Rayssa explicou que inglês e geografia são as matérias nas quais tira as melhores notas. Em contrapartida, admite que não gosta muito de matemática.

    Charlie Brown Jr.

    Muito ligada à cultura do skate e ao estilo de vida dos praticantes, a música é muito presente na vida da Fadinha. A skatista contou que gosta dos cantores Shawn Mendes, Harry Styles e Iza, mas sua banda preferida é o Charlie Brown Jr., que conheceu em casa.

    “Bem antes, bem antes mesmo de eu começar a andar de skate, minha mãe já ouvia Charlie Brown. Então, quando vou andar de skate, sempre escuto. Me dá uma vibe mais livre. Fico andando, cantando, me divertindo e fico feliz. A música que mais gosto é ‘Céu Azul’, repito essa música duas vezes.”

    Amizades no skate

    Considerada uma unanimidade no esporte brasileiro, Rayssa passou ilesa na polêmica envolvendo os skatistas Kelvin Hoefler e Letícia Bufoni — após o brasileiro conquistar a medalha de prata no street masculino, Bufoni não deu parabéns ao compatriota e justificou dizendo que Hoefler não anda com os outros skatistas do Brasil — e afirmou com naturalidade e simpatia que gosta de todos os skatistas do país. 

    Pamela Rosa, Rayssa Leal e Leticia Bufoni, do skate brasileiro nas Olimpíadas
    Foto: Ben Curtis/AP

    “Correr com a Letícia, minha ‘ídola’, na bateria 4 na Olimpíada foi um dos momentos mais importantes da minha vida. A Pâmela sempre esteve em todos os campeonatos comigo, me ajudou bastante. Também gosto bastante do Sandro [Dias], do Bob [Burnquist] e de todo o pessoal que fez o skate aparecer na cena, que me inspiram todos os dias a aprender manobras novas, evoluir, nunca parar de andar de skate e nunca desistir dos meus sonhos”, disse.

    Com um carisma digno dos maiores nomes do esporte, a Fadinha segue como diz a letra de sua música preferida: vivendo, cantando e dando importância para a alegria.

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