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    Ex-motorista do jogador Fernando é condenado a 3 anos de prisão na Rússia

    Robson Nascimento de Oliveira foi detido após transportar em sua bagagem duas caixas do remédio Mytedom 10mg, substância proibida no país

    Giulia Alecrim e Fabrício Julião*, da CNN, em São Paulo

    O brasileiro Robson Nascimento de Oliveira foi condenado, nesta quarta-feira (9), pela Justiça da Rússia a 3 anos de prisão sob acusação do crime de tráfico de drogas. A sentença inicial previa 12 anos de reclusão.

    Robson está preso no leste europeu desde 10 de fevereiro de 2019, depois de desembarcar em um dos aeroportos de Moscou, por transportar em sua bagagem duas caixas do remédio Mytedom 10mg (cloridrato de metadona) – analgésico com características semelhantes à morfina, substância proibida na Rússia.

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    A substância que Robson carregava na bagagem seria entregue ao sogro do jogador de futebol Fernando Lucas Martins, que na época atuava pelo Spartak Moscou. Oliveira foi contratado pelo volante para trabalhar para ele em Moscou e chegava ao país pela primeira vez no momento da prisão.

    Após a decisão desta terça-feira, o Ministério Público da Rússia informou que vai recorrer para aumentar o tempo do regime fechado. O órgão tem o prazo de 10 dias para fazer a apelação do caso. De acordo com o advogado do brasileiro, é possível que a sentença definitiva saia ainda este mês, abrindo a possibilidade para que a solicitação de transferência de Robson para o Brasil seja realizada.

    Apesar do transporte do medicamento citado acima não ser considerado ilegal no Brasil, Robson ainda teria que ficar o resto da sentença – 1 ano e 2 meses – em presídio brasileiro. A defesa tenta um habeas corpus para colocá-lo em liberdade, mas em casos de sentenças estrangeiras, a decisão internacional costuma ser preferível.

    A Embaixada da Rússia no Brasil informou, em outubro, que já acompanhava o caso.

    Entenda o caso
    Robson foi detido na Rússia por causa do transporte do medicamento. Após 17 horas de questionamentos pelas autoridades, ele foi liberado. No mês seguinte, porém, o motorista foi preso ao prestar depoimento sobre o caso na delegacia do aeroporto. Desde então, está na cadeia de Kashira, a 110 quilômetros da capital russa.

    Em sua conta no Instagram, o volante afirmou que tentou apresentar a receita em nome de seu sogro para provar a inocência do motorista, mas o documento não foi aceito pela Justiça russa.

    (*Sob Supervisão de Paloma Souza)

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