Concessionária inicia obras no estádio do Pacaembu, em São Paulo
Reformas começaram nesta segunda-feira (29) pela demolição do tobogã do estádio; complexo poliesportivo também passará por modernização
A Concessionária Allegra iniciou nesta segunda-feira (29) as obras no estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, o estádio do Pacaembu, em São Paulo. As reformas também contemplam a modernização e restauro do Complexo Pacaembu, que inclui piscina, quadras, pista de corrida e ginásio esportivo.
Mais de 400 milhões de reais serão investidos na obra até o final de 2023. As obras começaram após a liberação por parte da prefeitura de São Paulo. Nesta segunda, a arquibancada Sul, popularmente conhecida como tobogã, começou a ser demolida.
Na sequência, serão reformadas as arquibancadas laterais leste e oeste, criando novos espaços para eventos e hospitalidade.
O complexo poliesportivo também será totalmente restaurado, recuperando a arquitetura original, da década de 1940, e seguindo as diretrizes de preservação do patrimônio histórico.
Ainda neste ano, o Pacaembu também vai passar a sediar o campeonato brasileiro de MMA a partir deste ano.
A concessionária Allegra detém a outorga desde 25 de janeiro do ano passado, por 35 anos, e a obra deve durar de 24 a 28 meses, com um investimento em torno de R$ 400 milhões.
“Nosso desejo é manter viva a história do Pacaembu e essa obra será executada com todo respeito ao patrimônio e orientada para o futuro”, ressalta Eduardo Barella, CEO da concessionária.
Em entrevista, Barella disse que a ideia da reforma é reverter a lógica atual concentrada no futebol e liberar espaço para outras atividades voltadas à cultura e a outros esportes. “O projeto entregará um espaço público mais democrático, plural e acessível, além de potencializar o seu uso esportivo”, defende Barella.
O vereador Adilson Amadeu, que integra Conselho do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp), destaca que o processo foi aprovado na Câmara e já tem aprovação dos órgãos de conservação e do TCM. “A cidade vai se modernizando, como já ocorreu com outros locais, como a Avenida Paulista, por exemplo” disse Amadeu.
Em Nota, a Secretaria Municipal de Cultura confirma a aprovação no Conpresp. “Diante da necessidade de alterações no projeto da passarela, o Conpresp aprovou as mudanças apresentadas”, diz a SMC.
“O que a gente quer é reverter a lógica de pouco uso do espaço”, argumentou o CEO da concessionária, advertindo que nunca entendeu o Pacaembu “como um campo de futebol, mas sim um espaço público que pode trazer conteúdo para a população”.
(Com informações do Estadão Conteúdo)