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    Cerimônia no Ninho do Pássaro marca abertura dos Jogos de Inverno de Pequim

    Brasil estará representado na disputa com 11 atletas

    Luana Franzãoda CNN , São Paulo

    Uma cerimônia no Estádio Nacional de Pequim, conhecido como Ninho do Pássaro, marcou nesta sexta-feira (4) a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno 2022. Ao todo, mais de 3 mil atletas competirão em 15 modalidades.

    Apesar de não ter tradição em competições de inverno, o Brasil estará representado na disputa. A delegação brasileira foi a 16ª a desfilar no Ninho do Pássaro.

    O estádio da abertura dos Jogos de Inverno foi palco da Olimpíada de 2008, também disputada na capital chinesa.

    A cerimônia inspirou-se nas festividades do Ano-Novo Lunar, no qual os chineses comemoram a mudança de ciclo em uma data diferente do calendário gregoriano, utilizado na maior parte do mundo. O novo ano começou no dia 1 de fevereiro, mas as comemorações no país duram semanas e fazem parte de uma das tradições mais antigas do país. O calendário chinês entrou no ano 4720, ano do Tigre segundo o horóscopo tradicional local, figura evocada na abertura.

    Neste ano, o Brasil levou 11 atletas para o outro lado do mundo. Em comparação como os mais de 300 atletas classificados para a Olimpíada de Tóquio, no ano passado, o número pode parecer pequeno, mas ele representa um aumento em relação a outras edições de inverno.

    Em Pequim, atletas brasileiros competirão em cinco modalidades: os esquis cross country, alpino e estilo livre moguls, o bobsled e o skeleton.

    As disputas começaram na quinta-feira (3), antes da abertura oficial, com classificatórias do curling, do esqui, do hóquei de gelo e da patinação artística. A estreia brasileira veio com Sabrina Cass, de apenas 19 anos. Ela compete no esqui estilo livre moguls, ficou em 21º lugar e disputa a segunda classificatória no domingo (6).

    Os Jogos vão até o dia 20 de fevereiro. Confira abaixo as modalidades com atletas do Brasil e atletas candidatos a estrelas da Olimpíada de Inverno de Pequim.

    Modalidades em que competem os brasileiros

    • Bobsled
    Equipe brasileira no bobsled, na Olimpíada de Inverno de PyeongChang em 2018 / Getty Images

    Popularizado no Brasil pelo filme “Jamaica Abaixo de Zero” (1993), o esporte consiste em atravessar uma pista em um trenó em alta velocidade. Após um empurrão na largada, os atletas devem entrar no trenó e chegar no menor tempo possível ao final. A modalidade pode ser disputada em quartetos, duplas ou solo (também conhecido como Monosled).

    No Brasil, o esporte é representado por Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Jefferson Sabino e Rafael Souza. Esta será a quinta edição das Olimpíadas de Inverno disputada por Bindilatti, um brasileiros com mais longevidade na competição.

    Data: 14 de fevereiro, às 9h (horário de Brasília)

    • Esqui Cross Country
    Jaqueline Mourão, atleta brasileira do esqui cross country / Comitê Olímpico Brasileiro

    O esqui é um dos esportes de neve mais conhecidos globalmente e possui diversos formatos. O cross country é um dos mais clássicos: consiste em percorrer uma distância com obstáculos no menor tempo possível. Ele pode variar entre os formatos “sprint” e “distance”: o primeiro com largadas individuais, distâncias pequenas e baterias de competidores; e o segundo com largadas coletivas e percursos de até 50 quilômetros.

    Duas mulheres e um homem compõem a equipe brasileira do esporte. Jaqueline Mourão, de 48 anos, possui muita experiência em torneios olímpicos, tendo participado de quatro Olimpíadas de Inverno e três de Verão, em disputas do ciclismo. Ela se tornará a atletas brasileira com mais participações em Jogos Olímpicos, superando veteranos como o velejador Robert Scheidt e a jogadora de futebol Formiga.

    Os outros dois atletas são jovens estreantes: Eduarda Ribera tem 17 anos; e Manex Silva, 19.

    Data: 8 de fevereiro, às 5h (horário de Brasília)

    • Esqui estilo livre moguls
    Sabrina Cass, atleta que representa o Brasil no esqui estilo livre moguls em Pequim / Alexandre Castello Branco/COB

    No estilo livre moguls, os atletas devem descer a montanha no menor tempo possível e fazer ao menos duas acrobacias. Os moguls são ondulações feitas na neve para estimular as acrobacias e criar obstáculos. A classificação dos competidores é calculada através de uma nota atribuída por um júri, que avalia a complexidade das manobras e o tempo.

    Sabrina Cass já estreou nos Jogos representando o Brasil e deve participar da segunda classificatória, que determinará as atletas que competirão na final pelo pódio.

    Próxima competição: 6 de fevereiro, às 7h (horário de Brasília)

    • Esqui alpino
    Michel Macedo, representante brasileiro do esqui alpino em Pequim 2022 / Comitê Olímpico Brasileiro

    No esqui alpino, os atletas devem atravessar “portões” para chegar até a base da montanha. Na descida, em alta velocidade, eles não podem deixar de atravessar nenhum dos obstáculos estabelecidos e precisam fazer o menor tempo que conseguirem.

    O país será representado por Michel Macedo, de 23 anos. Ela participa de sua segunda edição dos Jogos de Inverno.

    Data: 12 de fevereiro, às 23h15 (horário de Brasília)

    • Skeleton
    Nicole Silveira é a única atleta brasileira no skeleton em Pequim 2022 / Comitê Olímpico Internacional

    Um dos esportes mais radicais das Olimpíadas de Inverno, o skeleton consiste em descer uma montanha em um trenó: de cabeça, quase literalmente. Usando um trenó plano, os atletas deitam-se e devem chegar à base da encosta no menor tempo, podendo fazer de duas a quatro descidas.

    A gaúcha Nicole Silveira, de 27 anos, irá se arriscar nas descidas em Pequim, representando o Brasil. Ela vive no Canadá, trabalha como enfermeira e obteve bons resultados no skeleton nos últimos anos. Se ficar entre as oito melhores em Pequim, será o melhor resultado da história do esporte brasileiro em uma competição dos Jogos de Inverno — ela superaria o nono lugar de Isabel Clark no snowboard das Olimpíadas de Turim, em 2006.

    Data: 10 de fevereiro, às 22h30 (horário de Brasília)

    Sem a participação de brasileiros, outros esportes que costumam chamar a atenção nas Olimpíadas de Inverno são o hóquei no gelo, a patinação artística, o snowboard e o curling.

    Atletas de destaque nos Jogos de Inverno

    Os esportes da neve e do gelo costumam ser dominados por atletas de países com climas mais frios. Veja alguns dos candidatos a protagonistas em Pequim.

    • Yuzuru Hanyu – Patinação Artística

    O atleta japonês tornou-se um dos maiores nomes da patinação artística, com duas medalhas de ouro na categoria solo nas últimas edições dos Jogos. A expectativa é pela terceira vitória dele em 2022.

    Hanyu Yuzur, um dos nomes mais proeminentes na patinação artística em Pequim 2022 / Comitê Olímpico Internacional
    • Mikaela Shiffrin – Esqui Alpino

    A norte-americana conquistou resultados impressionantes nas últimas competições mundiais do esqui alpino e deve representar uma adversária difícil para as outras competidoras. Ela foi a campeã olímpica do esqui alpino mais jovem da história, e, assim como Yuzuru, busca o tricampeonato.

    Mikaela Shiffrin, representante dos EUA no esqui alpino / Getty Images
    • Suzanne Schulting – Patinação de Velocidade

    A holandesa de 24 anos conquistou um ouro e um bronze em sua participação na Olimpíada de PyeongChang, em 2018, e teve destaque em diversos campeonatos da modalidade nos quatro anos de intervalo até Pequim 2022. Ela participa da patinação de velocidade em pista curta.

    Suzanne Schulting, patinadora holandesa / Comitê Ol[impico Internacional
    • Mikaël Kingsbury – Esqui Estilo Livre

    O canadense, especialista na modalidade moguls, já participou de duas Olimpíadas de Inverno (Sochi-2014 e PyeongChang-2018) e conquistou uma prata e um ouro. Ele ganhou destaque a partir dessas competições e de torneios internacionais.

    Mikaël Kingsbury, atleta canadense do esqui / Comitê Olímpico Internacional

    *Sob supervisão de Wellington Ramalhoso e André Rigue

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