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    Atletas dos EUA pedem que COI libere realização de protestos nas Olimpíadas

    Documento enviado ao Comitê Olímpico Internacional (COI) pede emendas à regra que ameaça punir atletas por protestar ou se manifestar em entrega de medalhas

    Gwen Berry exibe camisa com o texto ‘atleta ativista’ em evento pré-olímpico nos EUA
    Gwen Berry exibe camisa com o texto ‘atleta ativista’ em evento pré-olímpico nos EUA Foto: Patrick Smith - 26.jun.2021/Getty Images

    Seamus Fagan, da CNN

    A arremessadora de peso dos Estados Unidos, Gwen Berry, co-assinou uma carta aberta aos membros do alto escalão do Comitê Olímpico Internacional (COI), pedindo emendas à regra que ameaça punir atletas por protestar ou se manifestar nas cerimônias de entrega de medalhas nas Olimpíadas de 2020.

    Berry assinou a carta junto com os famosos ex-velocistas americanos Tommie Smith e John Carlos, que ergueram os punhos com luvas no pódio durante a cerimônia de medalha nos Jogos Olímpicos de 1968. Eles estão entre mais de 150 outros atletas, especialistas em direitos humanos e justiça social, e organizações esportivas que também assinaram a carta.

    A atleta de 32 anos deve começar sua caminhada olímpica em 31 de julho. Berry chamou muita atenção quando se recusou a encarar a bandeira norte-americana quando o hino nacional foi tocado nas provas de atletismo dos Estados Unidos, em junho.

    A carta incentiva o COI a “abster-se de impor sanções aos atletas que protestam e se manifestam de acordo com as estruturas de direitos humanos internacionalmente reconhecidas… em quaisquer locais olímpicos / paraolímpicos, instalações ou outras áreas – incluindo o pódio”.

    Dias antes de sua primeira aparição nos Jogos, Berry tuitou seu apoio à petição, dizendo: “Precisamos tomar uma posição.”

    Após um processo de consulta de 10 meses com mais de 3.500 atletas, que representam 185 diferentes comitês olímpicos nacionais, e todos os 41 esportes olímpicos, o COI decidiu, em abril, manter a regra que proíbe protestos.

    No entanto, em 2 de julho, o COI alterou a regra e afrouxou as diretrizes anteriores, permitindo que os atletas expressassem suas opiniões em zonas mistas, coletivas de imprensa, durante entrevistas, bem como antes do início da competição.

    Ao mesmo tempo em que agradece os avanços do COI na promoção da expressão dos atletas, a carta aberta afirma que as mudanças feitas “não refletem um compromisso com a liberdade de expressão como um direito humano fundamental, nem com a justiça racial e social no esporte global”.

    Com 613 atletas, atrás apenas da China, delegação dos EUA desfila em Tóquio
    Com 613 atletas, atrás apenas da China, delegação dos EUA entra no estádio nacional, em Tóquio
    Foto: Morry Gash – 23.jul.2021/AP

    A carta acrescentou: “Acreditamos que a comunidade esportiva global está em um ponto de inflexão em questões de justiça racial e social, e convidamos vocês, como líderes dos Movimentos Olímpicos e Paraolímpicos, a assumir um compromisso mais forte com os direitos humanos, justiça racial / social e inclusão social.”

    A CNN entrou em contato com o COI para comentar o pedido do grupo de mudança de política e total liberdade de expressão.

    (Texto traduzido; leia o original em inglês)