Aos 17 anos, americana Lydia Jacoby surpreende e leva o ouro no 100m peito
Jacoby acelerou nos últimos 25 metros para passar à frente de suas duas rivais, que eram favoritas ao ouro
Lydia Jacoby provavelmente estaria assistindo às Olimpíadas de Tóquio como espectadora se o evento não tivesse sido adiado por um ano, mas, nesta terça-feira (27), a adolescente do Alasca superou campeãs olímpicas e mundiais para ganhar o ouro no 100 metros peito feminino.
A jovem de 17 anos ultrapassou Tatjana Schoenmaker para a medalha de ouro, marcando o tempo de 1:04:95 com a sul-africana 0,27 atrás. A companheira de equipe de Jacoby, a campeã olímpica no Rio 2016 e recordista mundial Lilly King, conquistou a medalha de bronze com 1: 05:54.
Jacoby acelerou nos últimos 25 metros para passar à frente de suas duas rivais, que eram favoritas ao ouro. Depois de tocar a parede, ela parecia atordoada ao olhar para o placar.
Primeira nativa do Alasca a levar o ouro
Jacoby, a primeira nativa do Alasca a ganhar uma medalha de ouro na natação olímpica, disse que planejava viajar a Tóquio no ano passado com sua família para assistir aos Jogos antes que eles fossem adiados devido à pandemia de Covid-19, pois ela tinha poucas chances de se juntar ao time.
O ano extra foi um presente para amadurecer no esporte, disse ela, acrescentando que se lembra de ter assistido King no Rio quando tinha 12 anos.
“Tem sido incrível”, disse ela. “Ter este ano extra… ser uma parte do mundo se unindo, significa muito.”
Início na natação
Jacoby, cujos pais são capitães de barco e levam visitantes em passeios de observação de baleias no Alasca, começou a nadar aos 6 anos e inicialmente teve aulas quando criança por causa do tempo que sua família passava na água.
Ela vai terminar o último ano do ensino médio antes de ir estudar na Universidade do Texas, em Austin.
A atual campeã King e Schoenmaker, ambas de 24 anos, brincaram em sua entrevista coletiva que Jacoby as fazia se sentir “tão velhas”.
“Hoje não foi o meu dia de vencer, foi o dia de Lydia vencer”, disse King. “Ela deu o mergulho de sua vida hoje, então devemos comemorar isso.”
Duas nadadoras russas tocaram a parede depois de King, com Evgeniia Chikunova, de 16 anos, terminando em quarto e Yuliya Efimova, seis vezes campeã mundial, em quinto.