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    WOODZ: conheça o ex-jogador da base do Corinthians que virou idol de K-Pop

    Conhecido como Luizinho no Brasil, sul-coreano desistiu da carreira no futebol para seguir o sonho de ser cantor

    Isabela Gadelhada CNN Brasil Soft

    Cho Seung-youn tem uma trajetória que poucos jovens de 25 anos têm. Durante o ensino médio, morou um ano em Santos e um ano em Penápolis, no Brasil, porque sonhava ser um jogador de futebol. Com saudade de casa, começou a ouvir mais música coreana e isso só aumentou um outro sonho que tinha deixado de lado pelo futebol: ser cantor. Quando viu que a vontade de seguir nos palcos era maior do que o gramado, Cho Seung-youn foi atrás da carreira musical.

    Hoje ele é cantor, compositor, rapper e produtor com o nome artístico WOODZ, mas carinhosamente conhecido pelos fãs brasileiros pelo apelido Luizinho, que ele adotou na época que morava no Brasil. Já passou por dois grupos, UNIQ e X1, mas hoje segue carreira solo.

    Em entrevista à CNN Brasil para o quadro K-Tudo CNN Soft, WOODZ leu tuítes brasileiros, cantou trechos de músicas brasileiras e falou sobre o álbum Colorful Trauma, seu último lançamento. Confira:

    Você morou no Brasil por dois anos porque tinha o sonho de ser jogador de futebol. Por que você escolheu o Brasil? Como você acabou morando aqui? 

    Quando eu era mais novo, eu queria ser jogador de futebol e ir para o exterior perseguir esse sonho. Meus pais não aprovavam a ideia, mas eu não desisti. Entrei na internet, procurei países que poderiam me ajudar a perseguir esse sonho e o Brasil me chamou a atenção. Depois disso, procurei instituições coreanas que auxiliam em programas de intercâmbio no Brasil. Então organizei todos os documentos e convenci meus pais a me deixarem ir ao Brasil.

    Quando você morava no Brasil, virou jogador da base do Corinthians. Você ainda torce por esse time? 

    Eu não acompanho futebol brasileiro hoje em dia, mas sempre que alguém me pergunta para qual time eu torço, eu digo que Corinthians.

     

    “Um dia, fui a um karaokê em São Paulo e alguém me disse que eu não sabia cantar. Essa frase me machucou e por algum motivo me incomodou ainda mais do que se alguém dissesse que eu não sabia jogar futebol.” 

    WOODZ

    Como você decidiu largar o futebol e perseguir o sonho de se tornar um idol de K-Pop? 

    Antes de ir atrás do meu sonho de ser jogador de futebol, fiquei na dúvida entre seguir carreira na música ou no futebol. Mas acabei escolhendo o futebol porque havia era algo que eu praticava muito e naturalmente se tornou meu objetivo. Então, eu fui para o Brasil, mas sempre que eu ficava sozinho e com saudades de casa, ouvia músicas coreanas no meu MP3. Um dia, fui a um karaokê em São Paulo e alguém me disse que eu não sabia cantar. Essa frase me machucou e por algum motivo me incomodou ainda mais do que se alguém dissesse que eu não sabia jogar futebol. No momento em que senti essa onda de emoção, eu sabia que queria cantar, então esse foi o começo da minha carreira de cantor.

    Ouvi dizer que você aprendeu a cozinhar antes de morar aqui no Brasil. Qual é a sua especialidade?  

    Quando sentia saudades de casa no Brasil, comia comida coreana com meus amigos. Eu me lembro que naquela época não havia um lugar que tivesse ramen. Então, comia yakisoba e adicionava um pedaço de alga marinha e pimenta vermelha para recriar meu ramen. Surpreendentemente, tinha um gosto bastante parecido com o de casa.

    A última vez que você veio ao Brasil foi com o grupo UNIQ, certo? Você pretende vir aqui no futuro? E quais cidades você gostaria de visitar? 

    Se eu tiver a oportunidade, quero muito voltar. Hoje em dia, ótimas lembranças no Brasil continuam surgindo em minha mente. Se eu tiver a chance, quero visitar minha casa brasileira de Santos e de Penápolis.

    Você viralizou aqui no Brasil cantando a música “Tô de cara com você”, do Luan Santana. Que outras músicas e artistas brasileiros você gosta? 

    Exaltasamba. Eu ouvia muito Exaltasamba.

    Você disse uma vez em uma entrevista que, depois de debutar com o UNIQ, gostaria de ser reconhecido nas ruas. Você é reconhecido nas ruas da Coreia do Sul hoje em dia? 

    Acho que muito mais pessoas me reconhecem hoje em dia. Estive na Europa há algumas semanas e havia algumas que sabiam quem eu era. Eu fiquei sinceramente surpreso.

    “Hoje em dia, ótimas lembranças no Brasil continuam surgindo em minha mente. Se eu tiver a chance, quero visitar minha casa brasileira de Santos e de Penápolis.”

    WOODZ

    Você já conquistou muitas coisas em sua carreira e ainda tem apenas 25 anos. Qual é o seu maior sonho no momento? 

    Atualmente, meu maior sonho é seguir no meu ritmo e nos meus próprios termos, revelando um pouco de mim um passo de cada vez. Como resultado, espero me tornar um artista que possa tocar o coração de todos, ser apreciado e eterno.

    Você tem liberdade na hora de compor suas músicas e colabora muito com seus amigos, certo? O que você pode nos dizer sobre seu processo de composição e como é o clima nos bastidores? 

    Durante o processo de composição, anoto meus pensamentos e sentimentos sobre todos os vários conteúdos de mídia que vejo. Isso se tornou um hábito e um método muito útil. Às vezes, quando viajo, costumo escrever muito sobre como me sinto, e tento encontrar melodias adequadas. Além disso, quando estou nos bastidores, uso meu método pessoal de controle da mente para me acalmar e controlar minhas emoções. Por exemplo, se estou me sentindo um pouco triste, tento me animar rindo e melhorando meu humor interagindo com minha equipe incrível.

    A música e o vídeo de “I Hate You” tem uma vibe punk rock dos anos 2000. Quais foram suas influências para o álbum “Colorful Trauma”? 

    O álbum representa de forma verdadeira e honesta o que eu queria mostrar no período de criação. Desde meus dias de trainee, eu só me importava com o que as pessoas gostavam e focava no que os outros pensavam, o que fez eu naturalmente me afastar de mim mesmo. Então, eu me perguntei “O que eu realmente gosto?”. A partir dessa simples pergunta, consegui voltar no tempo e perceber o quanto eu amava bandas e rock. Eu ouvi música daquela época e imediatamente tive a ideia de que ‘eu tinha que fazer isso’. Como resultado, esse álbum representa o eu do passado.

    Com quais artistas você gostaria de colaborar? 

    Sinceramente, quero trabalhar com muitos artistas por aí e escuto muitos cantores estrangeiros como Avril Lavigne, Imagine Dragons, The Weeknd etc.

    Aqui na CNN Brasil, estou em um programa de TV que sempre recomenda séries e filmes. O que você assistiu recentemente e o que você recomenda para seus fãs? 

    Recentemente, assisti ao drama coreano “Meu Diário Para a Liberdade”. Para aqueles que amam uma atmosfera calma, eu recomendaria este drama.

     

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