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    ‘The Boys’ veste uma das séries mais ousadas da TV em fantasia de super-herói

    Para aqueles que não assistiram a primeira temporada, aí vêm spoilers se você está pensando em acompanhar

    Análise por Brian Lowry, da CNN

    The Boys se tornou rapidamente a série mais reconhecida da Amazon, e a segunda temporada desse programa mais que sombrio é ainda melhor do que a primeira — oferecendo um ponto de vista implacável sobre os Estados Unidos, atualmente, no que pode ser o programa mais subversivo da TV, camuflado em traje de super-herói.

    O que poderia ser mais assustador do que um Super-Homem psicopata? Essa é a faceta central de The Boys, que cai de pé em velocidade extraordinária (o que é apropriado), enquanto lida com a noção do mal escondido por trás de platitudes patrióticas e enroladas em uma capa.

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    Para aqueles que não assistiram a primeira temporada, aí vêm spoilers se você está pensando em acompanhar.

    De maneira ampla, a série continua dividida entre dois campos em guerra, cada um com sua política interna, rixas e problemas, apresentados com níveis de violência de fazer o queixo cair (super-heróis podem causar massacres quando soltos por aí) e um humor que desarma.

    O arco do início fechou com Billy Butcher (Karl Urban), o líder de temperamento ruim dos reles mortais que se opõem aos super-heróis, descobrindo notícias surpreendentes sobre a esposa que pensou ter perdido.

    O supertime Os Sete, enquanto isso, está em transição, lidando com disfunção dentro de seus escalões e tensões relacionadas à corporação, Vought International, que supervisiona e lucra com eles.

    Na segunda temporada, isso inclui a gravação de um filme com os heróis para aumentar ainda mais a sua imagem cuidadosamente gerenciada, o que referencia uma revisão de Joss

    As mortes da primeira temporada dão espaço para alguns formidáveis novos jogadores, incluindo o inflexível chefe da Vought (Giancarlo Esposito, que parece estar em todo o lugar ao mesmo tempo) e Stormfront (Aya Cash), que preenche uma lacuna n’Os Sete e rapidamente balança as dinâmicas dentro da equipe.

    A maior ameaça, no entanto, continua sendo o imprevisível Homelander (Antony Starr), a personificação viva da natureza corruptora do poder — nesse caso, de maneira quase literal —, que busca exercer maior controle sobre o grupo. 

    “Deuses não deveriam ter que sentir dor”, diz ele, acrescentando, “Porque é isso que nós somos. Podemos fazer o que quisermos e ninguém pode nos parar. Essa é uma sensação boa”. 

    Como já notado, The Boys incorpora referências divertidas da realidade e da cultura pop (alguém entre os roteiristas parece obcecado com o musical Hamilton), mas em um senso mais amplo, a série é abastecida por um cinismo profundo sobre como o público pode ser manipulado e levado a um caminho gradual ao fascismo.

    Enquanto esses temas surgiram durante a primeira temporada, o diretor Eric Kripke e companhia os acentuaram, de maneira que parecem especialmente afiados e relevantes.

    O enredo também se torna mais denso ao longo desses oito episódios, incluindo a relação doce mas esquisita entre Hughie (Jack Quaid), o inimigo improvável d’Os Sete, e Starlight (Erin Moriarty), a heroína que testemunhou a corrupção deles de perto. 

    Adaptado de um gibi popular, The Boys estreou no ano passado em meio a uma onda de revisionismo super-heroico, incluindo Watchmen da HBO e as alternativas do streaming The Umbrella Academy e Doom Patrol.

    Claramente, expandir as lentes para além das histórias da Marvel e da DC está tendo seu momento na televisão, sob risco de saturação.

    Ainda assim, essa série consegue não só ser animadora e imprevisível, mas examinar os perigos da idolatria de heróis de maneiras que explodem cabeças, em mais de um sentido e, incidentalmente, não recomendado para aqueles que se impressionam facilmente.

    A Amazon já renovou o programa para uma terceira temporada e encomendou um pós-show dedicado a discutí-lo, sinais do seu apelo e importância para a plataforma.

    Enquanto o termo “acerto” é jogado para lá e para cá quando o assunto é streaming, com o seu misto preciso de sátira política e cultural, The Boys conquistou seu lugar como primeiro da turma. 

    A segunda temporada de The Boys estreou em 4 de setembro no Amazon Prime

    (Texto traduzido, leia o original em inglê

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