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    Taylor Swift no Brasil: Procon cobra T4F sobre confusão em venda de ingressos

    Fãs da cantora americana denunciaram a ação de cambistas; deputada federal pediu investigação do Ministério Público

    Léo Lopesda CNN , em São Paulo

    O Procon-SP informou que notificou a empresa T4F pedindo esclarecimentos sobre os problemas relatados na venda de ingressos para os shows da cantora Taylor Swift no Brasil.

    A artista tem cinco apresentações agendadas para novembro deste ano entre Rio de Janeiro e São Paulo.

    As primeiras datas esgotaram rapidamente, nesta segunda (12), em uma venda – virtual e presencial – marcada pelo caos, com fãs revoltados denunciando a ação de cambistas e um pedido de deputada federal por investigação do Ministério Público.

    “De acordo com uma análise preliminar das reclamações de consumidores registradas no site do órgão de defesa do consumidor, os ingressos – cuja venda começou nesta segunda-feira, 12 – teriam se esgotado em poucas horas nos canais oficiais; mas, estariam sendo anunciados e vendidos em sites não-oficiais a preços muito maiores”, informou o Procon em nota.

    “Há também notícias sendo divulgadas pela imprensa sobre a falta de organização nos pontos de venda físicos”, acrescentou.

    O diretor do Procon Rodrigo Tritapepe recomendou aos fãs que registrem suas reclamações no site do órgão porque elas geram as notificações para que as empresas expliquem seus procedimentos.

    “A partir da notificação, a empresa organizadora tem um prazo para apresentar suas explicações e, nos casos pertinentes, adotar medidas que solucionem os problemas apontados, de acordo com as regras do Código de Defesa do Consumidor. Tal procedimento faz parte do processo para uma eventual realização de ações fiscalizatórias, quando devidas e para melhor orientar os consumidores em eventuais outras medidas”, concluiu o Procon.

    CNN procurou a T4F para comentar a notificação do Procon, mas não houve retorno.

    Entenda a confusão

    O rápido esgotamento dos ingressos da “The Eras Tour”, da cantora Taylor Swift – a venda durou menos de 50 minutos – gerou uma onda de revolta nas redes sociais. 

    Fãs da artista americana dizem que cambistas compraram as entradas e já estão até vendendo em sites não oficiais. De acordo com relatos nas redes, cambistas também coagiram os fãs nas bilheterias dos estádios onde os shows vão ocorrer.

    Diante da avalanche de reclamações de fãs de Taylor Swift, a deputada federal Erika Hilton (PSOL) enviou um ofício ao Ministério Público a presença e atitudes de cambistas durante a venda dos ingressos para os shows da cantora que acontecerão em novembro no Brasil.

    “Após muitos pedidos, oficiei o Ministério Público de SP por ocorrências envolvendo ingressos pro show da Taylor Swift. Pedi que se amplie o escopo da investigação já existente, do show da RBD e Eventim, pra que incluam o show da Taylor Swift e a T4F”, declarou.

    Na tarde da segunda-feira, a T4F anunciou duas novas datas da “The Eras Tour” no Brasil: dia 19 de novembro no Rio de Janeiro e dia 24 do mesmo mês em São Paulo.

    Os ingressos variam entre R$190,00 e R$1.050 em São Paulo, e entre R$240 e R$950 no Rio de Janeiro. Além disso, essa turnê conta com um pacote VIP que chega a até R$2.250.  Esses pacotes contém alguns benefícios como: entrada antecipada no setor selecionado e produtos da turnê.

    The Eras: potencialmente a turnê mais lucrativa da história

    A turnê é a maior da carreira de Taylor Swift. Unindo todo seu repertório de mais de dez álbuns, a duração do show tem 3 horas e 13 minutos, número que Taylor é obcecada. São 44 músicas ao todo, que foram separadas em dez blocos.

    Ela celebra todas suas eras, mas dá destaque aos últimos álbuns em que não pôde sair em turnê devido à pandemia da Covid-19.

    “Lover” (2019), “Folklore” (2020), “Evermore” (2020) e Midnights (2022) estarão em evidência, além “Taylor Swift” (2006), “Fearless” (2008), “Speak Now” (2010), “Red” (2012), “1989” (2014), “Reputation” (2017). A cantora dividiu a apresentação em atos e criou cenários que mudam de era em era, com visuais diferentes para cada álbum.

    Taylor Swift em uma apresentação da “Eras Tour” / Bob Levey/TAS23/Getty Images for TAS Rights Management

    Taylor montou um espetáculo teatral e abusou do uso de efeitos especiais, criando palcos interativos e uma grande passarela, além de uma equipe de dançarinos. A cantora também preparou muitas trocas de figurinos, são treze ao todo, incluindo roupas de grife como Versace e Roberto Cavalli.

    Segundo dados da “Forbes”, a turnê de Taylor pode ser a mais lucrativa da história, podendo gerar US$ 1,5 bilhão (R$ 7,3 bilhões) em ingressos vendidos.

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