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    Tarcísio Meira, Marília Pêra, Marieta Severo, Gianecchini: saiba quem foi dirigido por Zé Celso

    O fundador do Teatro Oficina Uzyna Uzona é tido como referência na dramaturgia e considerado mestre de grandes atores

    Natália Barãocolaboração para a CNN , São Paulo

    A morte do diretor e dramaturgo Zé Celso Martinez nesta quinta-feira (6) deixou toda a classe artística do Brasil de luto. Muitos grandes nomes da dramaturgia brasileira passaram pelo palco do Oficina e tiveram formação sob a batuta do grande diretor.

    A fundação do Teatro Oficina em 1958 é considerada um grande marco para a história da dramaturgia brasileira e ocidental, realizando peças amadoras como forma de protesto ao “aburguesamento” do Teatro Brasileiro de Comédia e ao nacionalismo do Teatro de Arena.

    Com sua profissionalização em 1961, a companhia teve a peça “A Vida Impressa em Dólar” como estreia não apenas em seu tradicional espaço, o Teatro Novos Comediantes, localizado no bairro do Bixiga, mas também de Zé Celso como diretor, o que rendeu-lhe ainda o Prêmio Revelação de Direção pela APCT (Associação Paulista de Críticos de Teatro).

    Confira abaixo alguns dos maiores artistas que já foram dirigidos por Zé Celso Martinez:

    Célia Helena
    A renomada diretora, atriz e pedagoga, além de fundadora do Célia Helena Centro de Artes e Educação, atuou nas principais bases do teatro brasileiro, sendo uma delas o Teatro Oficina. Logo no início de sua carreira nas artes cênicas, Célia Helena foi dirigida por Zé Celso na peça “A Vida Impressa em Dólar”, em 1961, marco inicial dos trabalhos da companhia. Dentre outros trabalhos realizados pelos dois artistas estão as obras “Todo Anjo é Terrível”, “Os Pequenos Burgueses”, “Andorra”, “Quatro num Quarto” e “Os Inimigos”.

    Etty Fraser
    Também fundadora do Teatro Oficina, a atriz integrou o movimento inicial da companhia sob a direção de Zé Celso em “A Vida Impressa em Dólar”, além de atuar por três vezes em “Os Pequenos Burgueses”, as versões teatral e cinematográfica de “O Rei da Vela” e outros clássicos que fazem parte da história do Teatro Oficina, como “Andorra”, “Quatro num Quarto”, “Toda Donzela Tem Um Pai que É Uma Fera” e “Os Inimigos”.

    Renato Borghi
    Além de também ter sido um dos responsáveis pela fundação do Teatro Oficina, o ator teve como um de seus primeiros papéis de teatro em “A Incubadeira”, peça de autoria de Zé Celso e que traria a partir de então uma parceria de longa data entre os dois. Dentre as obras e montagens dirigidas pelo dramaturgo, Borghi esteve em “A Vida Impressa em Dólar”, “Todo Anjo É Terrível”, “Quatro Num Quarto”, “Pequenos Burgueses”, “Andorra”, “O Rei da Vela”, “Galileu Galilei” e “As Três Irmãs”.

    Tarcísio Meira
    Marcado principalmente por sua vasta carreira na televisão, Tarcísio Meira atuou nas peças “Os Pequenos Burgueses”, em 1963, e “Toda donzela tem um pai que é uma fera”, em 1965, sob a direção de Zé Celso. Substituindo Raul Cortez, Tarcísio esteve nesta última ao lado de Fúlvio Stefanini, Lilian Lemmertz, Cláudio Marzo e grande elenco.

    Marieta Severo

    / Arquivo Oficina

    Talvez um dos papéis mais marcantes da longa carreira de Marieta Severo no teatro tenha sido a personagem Juliana, na montagem original de “Roda Viva”, em 1968. Escrita por Chico Buarque, a obra conta a história de um ídolo que, em meio ao início do monopólio televisivo no Brasil, muda de nome com o intuito de agradar ao público.

    Marília Pêra
    Substituindo Marieta Severo, Marília Pêra dá continuidade ao legado da personagem Juliana na segunda temporada de apresentações de “Roda Viva”, quando a peça torna-se um dos grandes símbolos de resistência à ditadura militar.

    Zezé Motta

    / Arquivo Oficina

    Logo após estudar no Tablado, a atriz esteve entre os participantes da montagem original de “Roda Viva”, em 1968, sob a direção de Zé Celso.

    Julia Lemmertz
    Presente no casamento de Zé Celso, que aconteceu em junho deste ano, no próprio Teatro Oficina, Julia Lemmertz já foi dirigida pelo dramaturgo na montagem “Ham-let”, onde interpretou a personagem Rainha Gertrudes em 1993.

    Alexandre Borges

    / Divulgação

    Além de ter interpretado Rei Cláudio na montagem de “Ham-let”, em 1993, onde conheceu e desenvolveu o relacionamento com Julia Lemmertz, o ator também possui uma relação pessoal e de longa data com Zé Celso, tendo protagonizado ainda a reapresentação do clássico “Esperando Godot”, também de autoria do dramaturgo, ao lado do marido de Zé Celso, Marcelo Drummond.

    Raul Cortez

    / Reprodução

    O ator e Zé Celso Martinez trabalharam juntos em diversos obras da dramaturgia brasileira, que incluem grandes clássicos do Teatro Oficina, como “Os Pequenos Burgueses”, “Toda Donzela Tem Um Pai que É Uma Fera”, “As Criadas” e “As Boas”, esta última ainda tendo atuado ao lado do marido do dramaturgo, Marcelo Drummond.

    Maria Alice Vergueiro
    A icônica Pantera do curta-metragem “Tapa na Pantera”, apresentava uma relação não apenas de parceria profissional com Zé Celso Martinez, mas também pessoal. Durante os tempos no Teatro Oficina, esteve nas montagens de “O Rei da Vela” e “Gracias, Señor”.

    Reynaldo Gianecchini

    / Divulgação

    A carreira de Reynaldo Gianecchini teve início no Teatro Oficina, com a apresentação da peça “Cacilda!!!” em Porto Alegre, dirigida por Zé Celso. A partir de então, o ator e o dramaturgo desenvolveram uma relação de forte parceria profissional, sucedida na montagem “Boca de Ouro”, de Nelson Rodrigues, e reencontrando-se 20 anos depois no documentário “Fédro”, de Marcelo Sebá.

    Leona Cavalli

    / Divulgação

    Atualmente na novela “Terra e Paixão”, da Globo, a atriz começou sua carreira no Teatro Oficina, participando de uma montagem de “Cacilda!!!”, em 1999. Além da relação profissional, Leona Cavalli esteve presente no casamento de Zé Celso e Marcelo Drummond em junho deste ano, dando a bênção ao casal com tochas, em alusão a uma antiga tradição do teatro.

    Alanis Guillen
    A memorável Juma Marruá, do remake da novela “Pantanal” exibido pela Rede Globo em 2022, Alanis Guillen foi dirigida por Zé Celso Martinez em abril deste ano na leitura de trechos do livro “A Queda do Céu” (de Davi Kopenawa) no teatro do Sesc Pompeia.

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