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    “Só aceito um trabalho se também for um legado para meus filhos”, diz Bruno Gagliasso

    Na série Operação Maré Negra, do Prime Video, o ator interpreta um traficante que vive na Amazônia

    Manuella Menezesda CNN

    Nos corredores do hotel em São Paulo reservado para o dia de entrevistas sobre a série “Operação Maré Negra”, disponível no Prime Video, Bruno Gagliasso chama a atenção. À vontade entre assessores, equipe técnica, repórteres e colegas de elenco, o ator cumprimenta todos, conta histórias, brinca e parece ser um líder natural da equipe que está no Brasil para divulgar a produção espanhola.

    “Eu só aceito um trabalho quando vejo que ele me acrescentará algo, não só como ator, mas também na minha vida pessoal e como legado para meus filhos”, conta Bruno. Para ele, seu personagem, o traficante João, é importante para quebrar com o estereótipo de que bandidos são pretos e estão apenas nas favelas.

    “Os verdadeiros narcotraficantes não são esses: são os que mandam nesses. E que estão no poder. Meu personagem é branco, perigoso e não suja as mãos. Ele manda matar. E eu queria falar sobre isso também”, disse.

    Realidade na tela

    “Operação Maré Negra” é baseada em um caso verídico europeu e mostra a história de Nando (Jorge López), um boxeador amador que começa a trabalhar para o tráfico para tentar bancar seu sonho de se profissionalizar e acaba preso. Na segunda temporada, vemos sua vida na prisão e como está o esquema de internacionalização das drogas.

    “Acho interessante contar isso e mostrar que é um problema real e latente”, afirma o ator chileno. “O papel de quem faz arte é levantar a discussão. É importante falar dessa realidade para que ela possa ser discutida”, complementa Gagliasso.

    Conexão Brasil – Europa

    Leandro Firmino é outro ator brasileiro na série. O eterno Zé Pequeno, do longa “Cidade de Deus” (2002), concorda com o companheiro de cena. “O problema do tráfico está em qualquer parte do mundo, e você pode abordá-lo sob diferentes pontos de vista – o das pessoas mais simples, que não tiveram muitas

    oportunidades e que acabaram entrando nesse negócio – que, além de ilegal, é perigoso – até os dos bambambãs, que controlam tudo”.

    Esther Acebo também brilha na série ao lado dos brasileiros. Conhecida mundialmente como Estocolmo, da série La Casa de Papel, ela contou que adora o Brasil e já até trabalhou no Rock in Rio, além de ter parentes e vir sempre divulgar seus papeis por aqui. “Foi o lugar que mais sentimos vibração com nosso trabalho”, disse.

    O chileno Jorge López não fica atrás nessa paixão. Ele morou em São Paulo alguns meses para gravar a série da Netflix “Temporada de Verão” e criou vínculos com pessoas, lugares e músicas. “Eu sinto que parte de mim agora é brasileira. Ah, e eu danço samba também!”, garantiu.

    Cercado por estrelas que falam espanhol, Gagliasso já está fluente no idioma – pelo menos é o que garante Jorge. “Es mi amigo”, brinca o astro. Que venham mais parcerias internacionais então. Veja a entrevista completa no vídeo acima.

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