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    Show do The Flaming Lips tem banda e público dentro de bolhas de plástico

    Grupo de rock alternativo se apresentou de forma peculiar para evitar riscos de contaminação pelo novo coronavírus

    Por Jason Kurtz, da CNN

    A banda de rock alternativo The Flaming Lips encontrou um modo peculiar de realizar um show em meio à pandemia de Covid-19: bolhas infláveis de tamanho humano foram usadas pelos músicos e pelo público para se proteger do novo coronavírus

    Apresentando-se no The Criterion em sua cidade natal, Oklahoma City, na noite da última segunda-feira (12), o grupo se colocou – e também a todos os fãs presentes – dentro de esferas de plástico individuais. O show – que era parte um show ao vivo e parte gravação de um videoclipe – nasceu de um desenho feito pelo vocalista Wayne Coyne durante os primeiros dias da pandemia, disse ele à CNN.

    “Eu fiz um pequeno desenho, com a imagem do The Flaming Lips fazendo um show em 2019. E eu sou a única pessoa na bolha espacial, e todo mundo é normal”, disse Coyne durante um entrevista por telefone na sexta-feira.

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    “Então (eu fiz outro desenho com) o The Flaming Lips fazendo um show em 2020. Exatamente o mesmo cenário, mas estou em uma bolha, e todos os outros também.”

    Na época, diz Coyne, a ideia não tinha grandes pretensões, com o pensamento de que a Covid-19 não duraria tanto para fazer com que o experimento da bolha acontecesse.

    “Eu não acho que ninguém teria pensado em meados de março que isso ainda iria acontecer, você sabe, oito meses depois. Acho que todos nós pensamos que isso duraria um mês, talvez dois meses, mas então daríamos um jeito nisso”, disse ele.

    Coyne e a banda adotram o conceito, em escala menor, pela primeira vez durante uma participação no ao programa de TV “The Late Show with Stephen Colbert” em maio. Isso os inspirou a continuar.

    “Tocamos algumas músicas com cerca de 30 pessoas nas bolhas (durante o programa). E começamos a pensar, ‘bem, poderíamos realmente fazer isso’”, contou Coyne.

    As “bolhas espaciais” já tinham sido usadas em um palco pelo The Flaming Lips, então Coyne e companhia se sentiram à vontade para ampliar a experiência. Depois de definir as especificações, a banda encomendou 100 bolhas da China, e este evento musical único – originalmente desenhado por Coyne – estava pronto para estourar.

    “Desde maio, o desejo de ver a música ao vivo ficou mais amplificado”, disse ele à CNN, observando que os fãs interessados ??em fazer um test-drive da experiência foram convidados a chegar ao The Criterion entre 18h30 e 19h.

    “Pouco depois das 18h, já tínhamos gente suficiente.”

    Com algumas centenas de fãs flutuando, o The Flaming Lips executou um remix dance das músicas “Assassins of Youth” e “Brother Eye”, faixas do último álbum, “American Head”.

    Coyne colocou a legenda de um post do programa no Instagram com a palavra “Yessss !!!” – um aceno para o feito que eles realizaram coletivamente.

    “Gosto da aparência, porque você pode ficar tão animado quanto quiser, pode gritar o quanto quiser, você simplesmente não pode infectar a pessoa ao seu lado, não importa o que você esqueça de fazer ou o quão animado você fica”, ele disse. “Essa barreira ainda está lá, eles estão protegidos e você está protegido… essa parte é o que realmente sentimos que era o sucesso”, disse ele.

    Então, as bolhas saltitantes, com fãs e bandas igualmente envolvidos, são o futuro da música ao vivo, pelo menos em meio a esta pandemia global?

    “Estou disposto a fazer tudo o que puder para dizer que poderíamos fazer isso e isso seria absolutamente seguro”, disse Coyne, que ainda afirmou que, em última análise, tem esperança de uma vacina.

    Mas, por enquanto, vale aproveitar a experiência com as bolhas.

    “Nós, como The Flaming Lips, gostamos da ideia de que estamos fazendo algo diferente, acho que pode ser legal e divertido. E todos nós podemos ter uma experiência única e louca”, disse o vocalista.

    “Por enquanto.”

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