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    Saiba como eram as famosas “festas do branco” de Sean “Diddy” Combs

    Rapper promovia os eventos mais badalados do showbiz durante o auge de sua relevância cultural nos anos 2000

    Lisa Respers Franceda CNN

    A prisão do rapper Sean Combs, conhecido como P. Diddy, colocou em evidência o estilo de vida do artista, conhecido por promover algumas das festas mais disputadas pelo showbiz durante o auge de sua influência cultural.

    Mas se houve uma época em que os famosos batalhavam para conseguir convites para uma festa de Sean “Diddy” Combs, hoje em dia o cenário mudou, e as pessoas tentam se desassociar do empresário e produtor que agora que está na cadeia.

    Combs pode pegar prisão perpétua se for condenado pela acusação no Distrito Sul de Nova York de conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para se envolver em prostituição. Ele se declara inocente.

    De acordo com as acusações, os crimes aconteciam durante os “Freak Offs”, nome dado pelo próprio Combs para os eventos promovidos por ele que contavam com performances sexuais. Ele é acusado de drogar e coagir as vítimas a realizar atos sexuais prolongados com profissionais do sexo, começando com essa prática por volta de 2009.

    A acusação colocou um holofote sobre o contraste entre a influência de Combs no auge de sua carreira, enquanto organizava suas grandes festas do branco anuais entre 1998 e 2009, e seu suposto comportamento a portas fechadas nos anos seguintes.

    “Gatsby dos dias modernos”

    Combs supostamente começou a organizar essas festas anuais em 1998, para marcar sua presença na comunidade de luxo dos Hamptons, em Nova York. Seu sonho era integrar o estilo de vida hip-hop com a elite da Costa Leste e “tirar a imagem de todos e nos colocar com a mesma cor e no mesmo nível”, disse Combs em uma entrevista de 2006 a Oprah Winfrey.

    “Eu fiz a mistura mais louca: alguns dos meus garotos do Harlem; Leonardo DiCaprio, depois que ele tinha acabado de terminar [o filme de sucesso de 1997] ‘Titanic’”, disse Combs. “Eu tinha socialites lá e parentes do sul. Havia 200 pessoas sentadas aqui, apenas fazendo um churrasco caseiro.”

    Nem todos no local concordaram com a ideia.

    “As pessoas nos Hamptons pensaram que a primeira festa seria o fim do mundo”, disse Steven Gaines, autor de “Philistines at the Hedgerow: Passion and Property in the Hamptons”, ao The Hollywood Reporter em 2018. “Eles estavam com medo de uma multidão barulhenta do showbiz e pensaram que seria uma invasão, mas não foi.”

    De sua parte, Combs claramente se imaginou como um Jay Gatsby moderno, o personagem fictício do romance de F. Scott Fitzgerald de 1925, “O Grande Gatsby”, um milionário que vivia em Long Island, retratado por Leonardo DiCaprio na adaptação cinematográfica de 2013.

    “Se eu li O Grande Gatsby? Eu sou o Grande Gatsby!”, Combs disse ao The Independent em 2001.

    “Não parece incomodar Combs que a vida de Gatsby tenha terminado com seus sonhos despedaçados e seus amigos abastados expostos como inconstantes e desonestos”, escreveu a publicação na época.

    “Icônico”

    Suas festas foram populares desde o início, atraindo talentos do entretenimento e gigantes da indústria.

    A lista inicial de convidados supostamente chegou a 1.000 pessoas, todas as quais foram obrigadas a se vestir totalmente de branco, de acordo com o THR.

    “Ter uma festa inteira toda vestida de branco foi uma visão impressionante”, disse a apresentadora Martha Stewart, convidada da primeira festa de Combs, ao THR em 2018.

    A socialite e empresária Paris Hilton descreveu o evento inicial como “icônico” e disse que “todos estavam lá”.

    A CNN entrou em contato com representantes de Stewart e Hilton para comentar.

    As festas se ramificaram dos eventos do Dia do Trabalho para as celebrações do Quatro de Julho nos EUA e mudaram de local para incluir Los Angeles e Saint-Tropez.

    Combs usou algumas dessas festas para arrecadar fundos para várias causas que ele apoiava, deixando clara sua influência social na época.

    “A festa parecia ficar cada vez maior à medida que patrocinadores corporativos embarcavam e Combs a usava para lançar colônias, vodcas e até mesmo esforços filantrópicos”, relatou a GQ em 2016.

    “A última White Party oficial registrada, em 2009, ocorreu em Los Angeles”, relatou a publicação. Fotos de vários anos mostram convidados de várias gerações e segmentos do entretenimento diferentes juntos no mesmo evento.

    “Continuaremos nos divertindo”

    Enquanto Combs enfrenta acusações legais, alguns têm se voltado para as informações anteriores sobre suas festas numa tentativa de obter mais detalhes sobre sua vida privada.

    O clipe de uma entrevista de 1999 com o “Entertainment Tonight”, na qual Combs falou sobre suas festas do branco, ressurgiu nas redes sociais esta semana.

    “Eles não querem mais que eu dê festas”, disse Combs. “Mas não vamos parar. Vamos continuar nos divertindo. Unindo pessoas de todas as esferas da vida.”

    Ele parece até ter feito uma previsão: “Você vai ouvir sobre minhas festas. Eles vão acabar com elas, provavelmente vão me prender, fazer todo tipo de loucura só porque queremos nos divertir.”

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