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    Proprietária do Miss Universo declara falência dias antes do concurso

    Empresa dona do Miss Universo, JKN Global Group, confirmou que o concurso da próxima semana acontecerá, apesar de o grupo tailandês ter pedido falência

    Christy Choida CNN*

    A proprietária do Miss Universo, JKN Global Group, confirmou que o concurso da próxima semana acontecerá, apesar da empresa tailandesa ter declarado falência.

    A empresa de distribuição de mídia, que comprou a Organização Miss Universo por US$ 20 milhões em 2022, anunciou na quinta-feira (9) que havia entrado com uma petição de “reabilitação corporativa” que foi aceita pelo tribunal de falências da Tailândia.

    Em um comunicado publicado no seu site, a JKN garantiu que oferecer uma “experiência de primeira classe” aos fãs do Miss Universo “continuará a ser uma prioridade absoluta” ante a final do próximo sábado. A empresa expressou confiança de que seus novos acordos financeiros “apoiarão todas as operações comerciais da empresa, incluindo o Miss Universo”.

    Liderada por Anne Jakkaphong Jakrajutatip, defensora dos direitos dos transgêneros e estrela de versões tailandesas de reality shows como “Project Runway”, JKN disse no ano passado que planejava expandir a Organização Miss Universo expandindo-se para a Ásia e lançando produtos de marca.

    O pedido de falência não significa necessariamente que uma empresa esteja prestes a falir. Muitas grandes empresas usaram a falência como uma ferramenta para se livrarem de dívidas e custos que não podem mais suportar.

    A JKN, que obteve dinheiro através de títulos para comprar o Miss Universo, perdeu o prazo de pagamento de um empréstimo de cerca de US$ 12 milhões que venceria em 1º de setembro. No seu comunicado, a empresa afirmou que planeja reestruturar a sua dívida e prolongar o período de reembolso para ultrapassar o que chamou de “problema de liquidez”.

    Em uma coletiva de imprensa, Jakkaphong disse que as condições do mercado, incluindo a inflação elevada, dificultaram o refinanciamento da dívida da empresa.

    Anne Jakkaphong Jakrajutatip, magnata da mídia tailandesa e defensora dos direitos dos transgêneros
    Anne Jakkaphong Jakrajutatip, magnata da mídia tailandesa e defensora dos direitos dos transgêneros / JKN Global Group /divulgação

    As mudanças no Miss Universo

    Jakkaphong, que falou abertamente sobre as suas experiências como mulher trans, assumiu o comando do Miss Universo, um dos concursos de beleza mais vistos do mundo, em um contexto de crescente procura por mais diversidade e inclusão.

    O concurso deste ano terá a participação pela primeira vez de duas mulheres trans: Marina Machete, uma comissária de bordo de 23 anos que foi coroada Miss Portugal no mês passado, e Rikkie Kollé, que se tornou a primeira transgênero vencedora do Miss Holanda em julho.

    “Mulheres trans são mulheres, ponto final”, disse a organização do Miss Universo à CNN no mês passado, após a coroação da Miss Portugal. “Estamos aqui para celebrar as mulheres, ponto final. Este tem sido o caso há mais de uma década e estamos orgulhosos de ter feito essa mudança muito cedo em comparação com outros programas”.

    Se alguma dessas candidatas vencer, se tornará a primeira mulher transexual a usar a tiara. Em 2018, a espanhola Ángela Ponce foi a primeira trans concorrente do concurso, mas não chegou à final.

    O Miss Universo, realizado desde 1952, avalia as concorrentes com base em declarações pessoais, entrevistas aprofundadas e competições em trajes de gala e de banho.

    Na final deste ano em El Salvador, cerca de 90 mulheres de todo o mundo competirão pela coroa.

    A JKN Global Group não respondeu ao pedido de comentários da CNN.

    *Com informações de Kocha Olarn, da CNN em Bangkok.

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