Produtores de The Last of Us revelam que Bill seria interpretado por outro ator
Atuação de Nick Offerman foi elogiada, assim como Murray Bartlett, que interpretou Frank
Atenção: esse conteúdo contém spoilers sobre o terceiro episódio de “The Last of Us”, exibido no domingo (29) na HBO.
Nick Offerman e Murray Bartlett estão sendo muito elogiados pelas atuações como Bill e Frank, respectivamente, no terceiro episódio da série The Last of Us, da HBO, que foi ao ar neste domingo (29).
Ambos os personagens tiveram a história adaptada e mais desenvolvida na produção televisiva. No jogo, Frank é apenas mencionado durante diálogo com Joel, por exemplo.
Porém, os produtores Craig Mazin e Neil Druckmann revelaram durante o podcast oficial da série que Bill seria interpretado por outro ator.
“Inicialmente, o papel de Bill seria interpretado por Con O’Neill, que fez Bryukhanov em Chernobyl, mas ele não pôde. Na verdade, ele não pôde porque estava em ‘Nossa Bandeira é a Morte’, outra série da HBO”, explica Craig Mazin. “Foi aí que a ideia de Nick surgiu”, acrescenta.
História de amor
A história de amor entre os dois personagens é o foco do terceiro capítulo, tendo sofrido muitas adaptações em relação ao game.
Sobre isso, Druckmann, que é criador do jogo, ressaltou que a decisão para as alterações foram muito ponderadas e levaram em consideração o que realmente estava sendo melhorado.
Durante o podcast, Mazin relembrou que entendeu que era importante para ele estar contando uma história sobre “o que o amor mais velho, duradouro e compromissado se parece”.
O showrunner pontuou que, tendo em vista trazer representatividade para o elenco e também alguém que se relacionasse com o personagem, procuraram por atores gays, mas que, durante as buscas, perceberam que necessitavam, antes de tudo, encontrar um homem de meia-idade.
Após a escolha de Nick Offerman, ressaltou que era importante, então, ouvir as pessoas da comunidade LGBTQIA+.
“Para mim e Nick, dois homens héteros, era importante dizer ‘olha, conseguimos fazer esse trabalho, contar essa história’, mas o ponto principal era que ele precisava fazer o dever de casa. Ele precisava falar com pessoas que tenham ‘andado com os sapatos’ desses personagens e, mais importante, dar a eles espaço para dizer onde estava certo e errado. Precisava escutar”, destaca Mazin.
Ele ressaltou que Murray, o diretor Peter Hoar e outras pessoas da equipe foram importantes neste sentido.
Por fim, Mazin ressaltou a inspiração em uma peça de teatro de Mark Crowley, quebrando a tradição de “basicamente igualar homossexualidade com tragédia” e de que um homem gay “não poderia simplesmente envelhecer e ser feliz”.
A CNN assistiu a todos os episódios. Saiba mais sobre a série e o que achamos nesta matéria.