Príncipe Harry retira queixa por difamação contra tabloide britânico
Porta-voz diz que ele deverá se concentrar no caso da segurança de sua família no Reino Unido
O príncipe Harry, do Reino Unido, retirou nesta sexta-feira (19) sua ação de difamação contra o editor do jornal Mail on Sunday por causa de um artigo sobre seus arranjos de segurança, com seu porta-voz dizendo que ele queria se concentrar na segurança de sua família.
Harry, o filho mais novo do rei Charles, processou a Associated Newspapers por causa de um artigo de 2022 que afirmava que ele só se ofereceu para pagar pela proteção policial depois de entrar em uma disputa legal separada contra o governo britânico.
A reportagem também acusou Harry, de 39 anos, de tentar enganar o público sobre sua disposição de pagar pelo policiamento, que foi retirado depois que ele se afastou dos deveres reais em 2020.
Em dezembro, ele perdeu sua tentativa de ter a defesa do jornal em seu processo por difamação rejeitada, o que significa que ele provavelmente teria que prestar depoimento na Suprema Corte de Londres ainda este ano.
O Daily Mail, veículo irmão do Mail on Sunday, noticiou que Harry, o duque de Sussex, havia abandonado seu caso horas antes de seus advogados serem obrigados a entregar documentos relevantes.
O jornal disse que ele, agora, seria obrigado a pagar os custos legais do jornal de 250 mil libras (aproximadamente R$ 1,5 milhão), juntamente com seus próprios honorários, que foram estimados em 500 mil libras.
Tanto o advogado de Harry quanto um porta-voz da Associated não quiseram comentar o caso.
O porta-voz do príncipe, que afirmou que os custos legais não haviam sido determinados, disse que ele havia retirado o caso porque queria se concentrar na segurança de sua família e em seu processo contra o governo britânico sobre a decisão de privá-lo da proteção policial automática quando estiver no Reino Unido.
Harry, sua esposa norte-americana Meghan e seus dois filhos agora moram na Califórnia, nos Estados Unidos, depois que o casal deixou os deveres reais em 2020.
Sua petição contra o governo britânico foi ouvida em dezembro. A decisão é esperada para os próximos meses.
Esse caso era o foco de Harry e não a ação de difamação que “daria uma plataforma contínua para as falsas alegações do Mail”, disse o porta-voz.
A Suprema Corte de Londres decidiu em julho passado que a reportagem do Mail era difamatória — abrindo caminho para que Harry levasse o caso adiante contra um dos maiores publishers do Reino Unido.
Mas sua tentativa de que o caso fosse decidido a seu favor sem um julgamento fracassou posteriormente.