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    Preso, Harvey Weinstein testa positivo para coronavírus

    Ex-produtor de cinema acusado de abuso sexual e estupro foi colocado em isolamento na prisão de segurança máxima de Wende, em Nova York

    O ex-produtor de cinema Harvey Weinstein, que cumpre pena por abuso sexual e estupro, testou positivo para o novo coronavírus, segundo o chefe do sindicato estadual de oficiais de presídios dos Estados Unidos. 

    Weinstein, de 68 anos, foi colocado em isolamento na prisão de segurança máxima de Wende, no estado americano de Nova York, informou Michael Powers, presidente da Associação Benevolente de Oficiais de Correção e Policiais do Estado de Nova York.

    Ele disse que soube na manhã de domingo (22) que o teste deu positivo e está preocupado com os funcionários do presídio, que, segundo Powers, não contam com equipamento de proteção apropriado. Diversos funcionários do local foram colocados em quarentena, segundo ele.

    Weinstein chegou à penitenciária de Wende na quarta-feira (18), após deixar a prisão de Rikers Island, em Nova York. Ele foi sentenciado a 23 anos de prisão no dia 11 de março por abusar sexualmente da ex-assistente de produção Mimi Haleyi e estuprar Jessica Mann, uma aspirante à atriz.

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    Depois de ter a sentença decretada, Weinstein passou um tempo no Hospital Bellevue, em Manhattan, em razão de problemas no coração, segundo o porta-voz dele, Juda Engelmayer. Weinstein também tem outros problemas médicos, incluindo diabetes e pressão alta.

    Um advogado de Weinstein disse, na noite de domingo, que sua equipe jurídica não havia sido notificada sobre o diagnóstico de COVID-19. “Dado o estado de saúde do sr. Weinstein, estamos obviamente preocupados, se esse for o caso, e estamos monitorando a situação”, afirmou o advogado Imran Ansari.

    Casos confirmados na prisão

    O Niagara Gazette, jornal de Nova York, informou no domingo que Weinstein testou positivo para o novo coronavírus, citando funcionários do presídio que não quiseram se identificar. Um deles disse à agência de notícias Reuters que há dois casos confirmados de COVID-19 entre os presos de Wende, mas ressaltou que não poderia dar detalhes sobre o estado de saúde deles.

    A fonte afirmou ainda que, com os dois casos confirmados da doença, o Departamento de Correções trabalha com o Departamento de Saúde para identificar pessoas que possam ter sido expostas ao vírus.

    Mark David Chapman, que matou o ex-integrante dos Beatles John Lennon em 1980, cumpriu parte de sua pena em Wende, assim como Robert Chambers, que estrangulou Jennifer Levin, de 18 anos, no Central Park, em Nova York, em 1986.

    A sentença dada a Weinstein foi considerada uma vitória para o movimento #MeToo, contra abusos sexuais cometidos por homens poderosos. Mais de 100 mulheres, incluindo atrizes famosas, acusaram Weinstein de cometer abuso sexual durante décadas. Ele nega todas as acusações e diz que sempre houve consenso por parte das mulheres. 

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