Por que Madonna é a rainha do pop? Confira 10 motivos
Cantora fará show gratuito no próximo sábado (4), na Praia de Copacabana, para encerrar a "The Celebration Tour"
Madonna chegou ao Brasil na última segunda-feira (29) para se apresentar no Rio de Janeiro. Ela fará um show gratuito no próximo sábado (4), nas areias da praia de Copacabana.
O show gratuito na praia carioca encerrará a “The Celebration Tour”, turnê que reúne os principais sucessos e celebra os 40 anos da carreira da rainha do pop.
No show, Madonna deve reunir cerca de 1,5 milhão de fãs, que aguardam há 12 anos a volta da rainha do pop ao Brasil. Sua última passagem no país foi com a “MDNA World Tour”, em 2012.
Mas por que ela é considerada a rainha do pop? O que a faz soberana dentro desse gênero musical? A CNN explica abaixo.
Por que Madonna é a rainha do pop?
1. Quatro décadas de sucesso
Madonna se manteve atual e relevante no mundo música ao longo de sua carreira. Em 2023, ela completou 40 anos de sua trajetória profissional. Seu primeiro single, “Everybody”, foi lançado em 1982, mas seu primeiro álbum veio apenas no ano seguinte.
A cantora marcou época na música pop e lançou, desde então, mais de 20 álbuns. O último deles, “Madame X“, foi lançado em 2019.
2. Artista mulher que mais vendeu álbuns na história
É dela o recorde do Guinness Book de mulher que mais vendeu álbuns na história da música, com mais de 400 milhões de discos vendidos. Madonna só é superada por três artistas, todos homens: Elvis Presley, Michael Jackson e os Beatles.
3. Artista completa
Madonna ficou famosa e é conhecida por ser uma artista pop completa. Ela canta, dança, performa, compõe, produz, apresenta e escreve livros.
Fora da música, ela coleciona recordes de vendas de livros e atuou em mais de vinte filmes.
A cantora norte-americana ganhou, inclusive, um Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia ou Musical por interpretar Eva Perón no filme “Evita“. Ela concorria com nomes de peso, como Glenn Close (“101 Dálmatas”), Frances McDormand (“Fargo”) e Barbra Streisand (“O Espelho Tem Duas Faces”).
4. Criou o conceito de turnê como conhecemos hoje
Foi Madonna quem popularizou o formato de show que hoje é consagrado nas turnês de divas pop como Taylor Swift, Beyoncé e Lady Gaga, com interlúdios, blocos, cenas diferentes, conceito para o show, figurino coeso, coreografia temática e performances bem ensaiadas.
Ela sustentou por quase 15 anos o recorde de turnê feminina mais lucrativa da história com a “Sticky & Sweet”, que foi lançada para promover o álbum “Hard Candy”, de 2008. A
liderança foi tomada por Beyoncé com a “Renaissance World Tour” e, depois, por Taylor Swfit e sua “The Eras Tour”.
5. Sempre ligada no cinema e na moda, impulsionando grandes nomes dos setores
Madonna foi a responsável por detectar e dar destaque a uma série de estilistas e cineastas que estavam surgindo na época e, depois, viraram grandes nomes da indústria. É o caso de Jean Paul Gaultier, que assinou o famoso sutiã de cone da “Blond Ambition Tour” e Dolce & Gabbana, responsáveis pelos figurinos da “The Girlie Show World Tour”.
No cinema, Madonna fez clipes com nomes como David Fincher (“Clube da Luta” e “Garota Exemplar”) e James Foley (“Cinquenta Tons Mais Escuros” e “Cinquenta Tons de Liberdade”).
6. Críticas sociais contundentes
Ela foi uma das primeiras – e talvez a mais notável – artistas a tratar de HIV e Aids de forma aberta e franca. Madonna sempre militou a favor da disseminação de informações sobre a doença nos anos 1980, quando a doença ainda vitimava pessoas e gerava estigma e preconceito, sobretudo contra a comunidade LGBTQIAPN+.
Ela lançou “Like A Prayer” com um folheto divulgando informações sobre o HIV, visitava hospitais e levava o tema para o palco. Até hoje o assunto é importante para Madonna, que viu amigos morrerem vítimas das complicações causadas pela doença. Durante a “The Celebration Tour”, a cantora presta homenagens a eles durante a performance de “Live To Tell”.
Ela também criticou o “American Way Of Life” no álbum “American Life”, lançado após o atentado terrorista de 11 de setembro.
Recentemente se engajou no tema de etarismo, militando contra o preconceito contra pessoas mais velhas.
7. Empoderamento feminino
Madonna foi corajosa o suficiente para fazer da relação da mulher com o sexo um dos temas mais abordados de sua carreira, ainda mais numa época em que a liberdade sexual da mulher era ainda menos falada.
Na virada da década de 1980 para a de 1990, sobretudo, ela lançou uma série de álbuns e videoclipes que tinham como motes o feminismo e o descobrimento dos prazeres sexuais por mulheres.
Isso culminou no álbum “Erotica” e no livro “Sex”, que foram, ao mesmo tempo, sucesso de vendas e objetos de censura.
8. Polêmicas
Por conta do seu engajamento social e em temas áridos, Madonna precisou lidar também com censuras e boicotes. Três de seus clipes foram proibidos de serem exibidos na MTV, principal emissora de música dos Estados Unidos, devido ao teor sexual e as provocações à Igreja Católica.
A cantora teve ainda um contrato com uma marca de refrigerantes cancelado após o lançamento do clipe de “Like A Prayer”, em que ela aparece beijando um santo negro e queimando cruzes.
9. Reconhecimento do ABBA
Madonna foi uma das únicas artistas do mundo a conseguir fazer com o grupo sueco ABBA, dono de sucessos como “Dancing Queen” e “The Winner Takes It All”, permitisse o uso de um sample de uma de suas músicas.
A cantora norte-americana foi até a Suécia atrás do ABBA e, segundo ela, teve que implorar para que ele a liberassem para usar um trecho de “Gimme! Gimme! Gimme!” em “Hung Up”, do álbum “Confessions On A Dancefloor”, de 2005.
10. Influenciando novas gerações
É difícil desvincular Madonna de tudo o que veio após sua entrada na música pop. Grandes nomes de diferentes gerações, como Lady Gaga, Britney Spears, Christina Aguilera, Ariana Grande e Taylor Swift já prestaram tributo à rainha do pop.
O mais notável deles talvez seja o remix de “Break My Soul” lançado por Beyoncé, que contém um sample de “Vogue” e homenageia Madonna e, ao mesmo tempo, lista grandes mulheres negras da indústria pop, como Aretha Franklin e Janet Jakcson.
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