‘Oscar este ano será a premiação da diversidade’, diz documentarista
Ausência de blockbusters por conta da pandemia abriu espaço para atores negros e asiáticos, afirma Flávia Guerra
O Oscar desde ano será marcado pela diversidade nas premiações. Essa é a aposta da jornalista e documentarista Flávia Guerra.
“Temos mais votantes internacionais: muitos brasileiros, europeus, africanos e asiáticos votam, isso conta. E como o circuito ficou sem grandes blockbusters, muitos nomes ficaram para o ano que vem. Abriu-se para essa diversidade de produções, que trazem também diversidade de olhares. Esse ano será a premiação da diversidade”, avaliou em entrevista à CNN na madrugada desta terça-feira (20).
Ela dá seus palpites entre os premiados. “Com certeza Chadwick Boseman ganhando de melhor ator por ‘A Voz Suprema do Blues’, Viola Davis também pelo mesmo filme como melhor atriz é favorita, Daniel Kaluuya para ator coadjuvante por ‘Judas e o Messias Negro’… Esse vai ser o Oscar da diversidade entre os atores”.
Ela aponta “Nomadland” como favorito, mas “Os 7 de Chicago” pode correr por fora, por conta do momento atual dos Estados Unidos, com a discussão sobre o racismo em alta.
A cerimônia vai ser híbrida: não será totalmente presencial, não terá tapete vermelho nem badalação, mas não terá premiação por Zoom, como Globo de Ouro e o Grammy, explica.
“Os organizadores prometeram uma cerimônia digna de filme, com apresentadores como Brad Pitt, Joaquim Phoenix, John Woo e Reese Witherspoon”.
Flávia conta a logística montada. “Todo mundo que for indicado vai receber o Oscar pessoalmente, ou depois. Vão ter duas bases na Europa, uma no Reino Unido, provavelmente em Londres, e outra em Paris, para estrangeiros indicados. E nos Estados unidos duas bases: o dolby theater, que é o QG do Oscar, e a Union Square, uma estação de trem linda no centro de Los Angeles”.
(Publicado por Sinara Peixoto)