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    ‘Oscar 2021 pode coroar a diversidade’, aposta jornalista Flavia Guerra

    Duas mulheres foram indicadas para o prêmio de melhor direção; até hoje só sete diretoras tinham sido indicadas para a categoria

    Produzido por Jorge Fernando Rodrigues, da CNN, em São Paulo

    Serão conhecidos neste domingo (25) os vencedores do Oscar. A festa, que geralmente acontece em fevereiro, foi adiada em dois meses por causa da pandemia. A cerimônia de 2021 terá um número de convidados reduzido e haverá equipes em Los Angeles, Paris e Londres. Poucas informações sobre como será o evento foram divulgadas, mas as bolsas de apostas apontam que este será o Oscar da diversidade.

    “Primeiro, ‘Nomadland’ é o grande favorito para melhor filme e direção. A diretora Chloé Zhao nasceu na China, cresceu na Inglaterra e faz filme nos Estados Unidos. Será a primeira vez que uma não-branca, asiática, poderá levar o Oscar de melhor direção. Lembrando que, até hoje, só uma mulher levou o prêmio: a Kathryn Bigelow, por ‘Guerra ao Terror’ (2010), que é norte-americana”, diz a jornalista e documentarista Flavia Guerra à CNN.

    Emerald Fennell, diretora de ‘Bela Vingança’, também foi indicada para melhor Direção. “Isso já traz diversidade. Acho que ela só leva melhor roteiro, mas já fez bonito na estetistica porque, até hoje, só sete mulheres foram indicadas a melhor direção”. Ao todo, segundo Flavia, 16 filmes dirigidos por mulheres foram indicados para a categria de melhor filme.

    Entre as premiações para atores e atrizes, Chadwick Boseman, de ‘A Voz Suprema do Blues’, dirigido por George C. Wolfe, deve levar o Oscar de melhor ator de 2021. “Infelizmente, é muito triste a gente dizer isso, mas será a primeira vez que um ator negro vai levar um Oscar póstumo de melhor ator”.

    Flavia Guerra também aposta em Viola Davis, de ‘A Voz Suprema do Blues’, para o prêmio de melhor atriz. “Aí, sim, a gente coroa a diversidade”, conclui.

    Jornalista e documentarista Flávia Guerra
    Jornalista e documentarista Flavia Guerra
    Foto: Reprodução / CNN

    A documentarista analisa que filmes de produções estrondosas e que precisam dos recursos de áudio e vídeo e da repercussão nas salas de cinemas resolveram guardar o lançamento para depois da pandemia.

    “Os filmes em espaço, câmera fechada, como ‘Meu Pai’, ‘A Voz Suprema do Blues’, ou os filmes de dramas –que a gente chama de independentes–, eu diria ‘O som do silêncio’, ‘Minari’ e até ‘Nomadland’, que tem grandes paisagens, mas com uma pegada mais documental, foram lançados direto no streaming ou ficaram pouquíssimo tempo no cinema e já foram para o streaming. Isso se reflete no circuito de indicados”, explica Flavia.

    A respeito do evento em si, os segredos foram guardados. A Union Station, no centro de Los Angeles, vai virar um cenário da festa e, segundo o diretor que participa da produção do Oscar, Steven Soderbergh, a cerimônia deste ano será como a experiência de assistir a um filme. 

    “A gente sabe que terá uma cerimônia presencial, ninguém vai receber o Oscar por Zoom este ano, e todo mundo que foi indicado pode levar um acompanhante. Mas sabemos que estará muito esvaziado”, disse a jornalista e documentarista Flavia Guerra à CNN.

    Tapete vermelho Oscar 2020
    Os tapetes vermelhos do Oscar costumam reunir celebridades, jornalistas e fotógrafos antes das premiações
    Foto: David McNew/Getty Images