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    “Oppenheimer”: aposta de chefe da Universal pode levar Oscar para o estúdio

    Filme de Nolan foi uma aposta pessoal de Donna Langley, que queria atrair o cinaesta para a empresa

    Donna Langley, chefe da Universal Studios, queria trabalhar com Christopher Nolan
    Donna Langley, chefe da Universal Studios, queria trabalhar com Christopher Nolan REUTERS/Ringo Chiu

    Dawn ChmielewskiLisa Richwineda Reuters

    Los Angeles, nos Estados Unidos

    O filme “Oppenheimer” deve dominar a premiação do Oscar no domingo (10), validando a aposta da chefe da Universal Studios, Donna Langley, no drama histórico nada convencional sobre o pai da bomba atômica.

    Langley buscou agressivamente realizar o projeto, em parte, pela chance de trabalhar com o aclamado cineasta Christopher Nolan, que tinha acabado de romper seu relacionamento de duas décadas com a Warner Bros. Studios em um desacordo sobre sua estratégia de streaming.

    A executiva destinou todos os recursos da Universal para promover “Oppenheimer”, que teve mais de 100 dias de exibição exclusiva nos cinemas antes de ser disponibilizado para o streaming.

    “Donna é uma colaboradora incrível, uma diretora de estúdio maravilhosa para se trabalhar”, disse Nolan à Reuters.

    “Não posso falar o suficiente sobre sua incrível abordagem do material, notas maravilhosas durante todo o processo, (e) um esforço incrivelmente solidário de toda a sua equipe, que é inigualável.”

    “Oppenheimer” vai para a cerimônia do Oscar com 13 indicações. O longa é considerado o favorito para ganhar o prêmio de melhor filme, depois de arrebatar outros grandes prêmios de Hollywood.

    Isso representaria uma mudança em relação aos últimos anos, quando filmes mais artísticos como “Nomadland” e “Parasita” levaram o prêmio principal.

    “Oppenheimer” já arrecadou muito nas bilheterias, com 958 milhões de dólares em vendas globais de ingressos, ajudando a Universal a se tornar o estúdio de maior bilheteria em 2023, conforme a estimativa da Comscore de receita mundial de bilheteria.

    A Universal se recusou a disponibilizar Langley, de 56 anos, para uma entrevista.

    Várias fontes de Hollywood descrevem Langley como uma executiva que gosta de talentos e não tem medo de correr riscos, o que ela demonstrou ao longo de seu mandato como presidente da Universal Pictures e, mais tarde, como chefe do Universal Filmed Entertainment Group, que inclui a DreamWorks Animation TV e a Focus Features.

    “Ela é destemida. Há uma vontade inabalável de correr riscos, de fazer grandes apostas. E isso é sempre motivado por sua inteligência e sua paixão”, disse Sarah Self, codiretora do Motion Picture Literary Department da agência de talentos WME.

    Langley considera o talento como a principal propriedade intelectual da Universal, apoiando a estreia do comediante Jordan Peele na direção, com o filme “Corra!”, e apoiando a ascensão de Judd Apatow como produtor de comédias com “Descompensada” e “Missão Madrinha de Casamento”.

    O estúdio se tornou um ímã para jovens talentos, incluindo Daniel Kwan e Daniel Scheinert, a dupla de diretores por trás do filme vencedor do Oscar “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, da A24, que assinou um contrato exclusivo de cinco anos.

    A executiva também foi creditada por expandir ou revigorar franquias lucrativas como “Velozes e Furiosos” e “Jurassic Park”.

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