Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “Olhar Indiscreto”: thriller psicológico sobre o olhar feminino chega à Netflix; saiba mais

    Minissérie brasileira com Débora Nascimento e Emanuelle Araújo conta com 10 episódios

    Débora Nascimento como Miranda em "Olhar Indiscreto"
    Débora Nascimento como Miranda em "Olhar Indiscreto" Aline Arruda/Netflix

    Marina Toledoda CNN

    em São Paulo

    Para começar 2023 com bastante emoção, o thriller psicológico “Olhar Indiscreto” chegou neste domingo (1º) à Netflix. A minissérie brasileira é protagonizada por Débora Nascimento e Emanuelle Araújo.

    A trama acompanha Miranda, uma hacker que se diverte espionando a vizinha da frente, Cléo, que é uma prostituta de luxo.

    Quando a vizinha pede para que ela cuide do cachorro e do apartamento durante uma viagem, seu destino muda para sempre e ela passa a integrar um mundo antes só observado.

    O que Miranda não sabe é que tudo isso faz parte de um grande plano.

    CNN participou de uma conversa com as protagonistas e a diretora geral da série, que contaram um pouco mais sobre a produção.

    Débora Nascimento, que interpreta Miranda, vive uma hacker misteriosa que tem sua vida revelada aos poucos por meio de flashbacks ao longo dos episódios.

    Acompanhada por um mistério próprio, o telespectador a ver aflorar observando sua vizinha.

    Para a atriz, a vizinha representa “tudo que ela queria ser mas não tinha coragem”. “Acho a Miranda muito curiosa e a mudança da Cléo para o apartamento da frente foi seu maior presente. Ela foi se conhecendo através da observação do outro”, disse Débora.

    Emanuelle Araújo contou que Cléo é uma das personagens mais interessantes que já fez na carreira.

    “Ela tem uma liberdade do corpo, do feminino. É uma liberdade que vem de dentro. É uma mulher absolutamente bem resolvida com a sua sexualidade”.

    Emanuelle Araújo como Cleo em “Olhar Indiscreto” / Foto: Aline Arruda/Netflix

    Thriller e sensualidade

    A série é recheada de mistérios – assassinatos, questões familiares, desaparecimento, vida dupla – e conta com cenas picantes, mergulhando no universo do BDSM.

    “Temos a sensualidade presente, como temperatura da série, e uma história é muito boa. Então as cenas picantes fazem parte do contexto. O que eu mais gosto é que elas são completamente coerentes com o universo do BDSM”, disse Emanuelle.

    “É um thriller psicológico que tem uma sensualidade. São mulheres complexas que passam por uma série de coisas. Tem drama familiar, tem problemas profundos. As pessoas vão pensar: ‘Meu Deus, não para de acontecer coisa’”, comentou Débora.

    Apesar da parte sensual ser uma das nuances da série, Luciana Oliveira, diretora geral, acredita que o thriller é o forte da produção.

    “O que mais me chamou atenção no roteiro foi o thriller. O suspense é o que mais segura as pessoas. Ele te leva a querer ver um episódio atrás do outro. Quando a gente começou a assistir os episódios, não conseguimos parar. Quem pode achar no início que é só uma questão sensual e picante, vai ver que é muito mais do que isso.”

    Débora Nascimento como Miranda em “Olhar Indiscreto” / Foto: Aline Arruda/Netflix

    Equipe feminina

    As três, Débora NascimentoEmanuelle Araújo Luciana Oliveira, ressaltam que o grande diferencial da série é ter uma equipe feminina contando uma história sobre o desejo feminino, deixando-as muito mais consciente do que elas queriam passar.

    “Não tem um olhar masculino, com um olhar viciado na pornografia. Diferente da maioria das produções, tem um olhar feminino do desejo. São nuances sutis, mas fortes”, apontou Débora.

    “A gente tem mania de sensualizar dentro do universo dramatúrgico e no cinema. Quando a gente vai para essa sensualidade com um olhar feminino, não deixa de ser sexy e picante, mas dá uma sensibilidade e naturalidade”, disse Emanuelle.

    Elas revelaram que a série contou com uma coordenadora de intimidade.

    “O trabalho da coordenadora de intimidade é super minucioso. Começa desde onde tocar – no ombro, na mão, no pescoço – até a gente começar a chegar em uma decupagem que eu pensei da cena”, explicou Luciana.

    “Para além disso, também tem o cuidado emocional e psicológico, de ela sentir em uma troca de olhares se você está confortável ou não, independentemente de gênero”, completou Débora.