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    Não adianta nem tentar ignorar Roberto Carlos

    Goste-se ou não do Rei, é impossível negá-lo, ignorá-lo, deixar de reconhecer o papel que ele tem em nossas vidas, em nossa memória afetiva

    Fernando Molicada CNN

     

    Não se trata de gostar ou não gostar de Roberto Carlos. A questão é outra. RC é. Está para nós como o Pão de Açúcar, os prédios da Paulista, a Amazônia, a Bahia, os pampas, o cerrado.

    Goste-se ou não dele, é impossível negá-lo, ignorá-lo, deixar de reconhecer o papel que ele tem em nossas vidas, em nossa memória afetiva.

    Chega a ser inacreditável que ele, aos 80 anos, ainda tenha um papel tão relevante e referencial na cultura brasileira. Que, há poucos anos, tenha virado inspiração para bloco de carnaval criado por jovens que nem de longe foram contemporâneos do auge de sua produção musical.

     

    Como no caso das antigas marchinhas de carnaval, parece que nunca precisamos aprender as músicas do Rei, é como se essa memória nos tivesse sido transmitida na barriga de nossas mães. Nascemos conhecendo um punhado delas.

    Rei. Talvez esta seja a chave. Num país tão desigual, tão marcado por preconceito e violência, RC foi alçado à figura de alguém acima das paixões políticas, republicanas.

    O artista que nunca criticou a ditadura, que por ela foi exaltado, é o mesmo que desejou a volta dos dos caracóis dos cabelos de um Caetano então obrigado a viver fora do país.  Caetano que, no exílio, recebeu a visita do Rei. Um rei que tanto que exaltou a liberdade de amar.

    E, fundamental, mais importante que tudo, é um grande cantor e, com Erasmo, autor de canções espetaculares. Viva o Rei.

     

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