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    Mulher nos Estados Unidos reencontra seu gato desaparecido por 10 anos

    A tutora foi identificada e comunicada por abrigo, graças a um microchip implantado no animal antes de seu desaparecimento.

    Gabriel Nascimentocolaboração para a CNN

    Após anos de incansáveis buscas e desesperança, Erin, uma mulher norte-americana, reencontrou seu gato que estava desaparecido há 10 anos.

    O fato ocorreu nas últimas semanas, entre 25 de abril e 2 de maio, em Carolina do Sul, nos EUA. A informação foi dada pela instituição que resgatou o animal, o abrigo Charleston Animal Society, por meio de suas redes sociais.

    A publicação mostra imagens do reencontro da tutora com Mr. Mojo, seu gato. Ainda, conta que Erin o havia adotado em 2013, junto com uma outra gata chamada Mahi.

    A postagem também narra o desaparecimento de Mr. Mojo em 2013, que não retornou para casa após Erin deixá-lo sair para um de seus passeios noturnos. Neste período e durante semanas, a tutora divulgou fotos do gato em suas redes sociais e em cartazes espalhados pela região na qual ainda vive, para tentar encontrá-lo. Depois de alguns anos, ela, relutante, desistiu das buscas.

    Em 2023, o mesmo gato que Erin desistiu de encontrar foi resgatado por Agentes de Controle Animal, cerca de 2 quilômetros de distância de sua casa. Em seguida, levado para o abrigo e identificado, o gato foi devolvido para a tutora, graças a um microchip implantado no animal. Erin foi rastreada e, ao ser contatada pela instituição, “despencou em lágrimas”.

    “Microchips são, verdadeiramente, bilhetes para a casa do seu animal, quando perdidos”, destaca a publicação feita pelo abrigo que resgatou Mr. Mojo.

    Hoje, Mr. Mojo volta a aproveitar sua via ao lado da tutora e da gata Mahi.

    Microchip

    No Brasil, a implantação de microchips em cães e gatos é comum e recomendada em diversos municípios. Segundo informações disponíveis no Portal Animal da Prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, esta é “uma forma popular e moderna de identificar o animal de estimação”.

    “O dispositivo tem o tamanho de um grão de arroz e é aplicado no dorso do animal, em método semelhante à vacinação. Nele, contém um código exclusivo e inalterável que transmite informações específicas sobre o animal”, informa o portal.

    Na capital São Paulo, por meio da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico – Cosap, diversas campanhas de microchipagem e emissão do RGA (Registro Geral do Animal) para cães e gatos são promovidas anualmente.

    O médico veterinário Renato Kenji, especializado em felinos, disse à CNN que um gato com acesso às ruas não costuma se perder facilmente.

    “Estudos comprovam que, em uma noite, gatos com hábitos livres chegam a passear entre 5 e 8 quilômetros de distância do seu ponto de partida. Ainda assim, pode acontecer”, alega o especialista.

    O especialista também diz que a espécie é rotineira e costuma memorizar características do ambiente em que vivem, como objetos e membros da família. Então, caso desaparecidos e reencontrados após muito tempo, é possível que reconheçam os tutores e outros animais que viviam com ele. Ainda assim, é recomendado inseri-lo com calma, novamente, ao lar.

    O veterinário alerta sobre a estimativa de vida entre gatos que praticam a saída livre, se comparada aos que vivem dentro de casa: “a diferença é gritante”.

    Ele recomenda a microchipagem em animais e detalha o procedimento.

    “O microchip é implantado na região interescapular do animal e possui código que, ao cadastrá-lo em um sistema universal, deve-se manter as informações sempre atualizadas. Quando o animal perdido é encontrado, um leitor é passado na região do dorso para detectar o código”, descreve Renato. O código deve ser inserido no mesmo sistema cadastrado para puxar os dados do tutor e do animal.

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