Milly Lacombe x Pedrinho: entenda “treta” entre colunista e comentarista da Globo
Jornalista do UOL usou sua coluna para criticar escolha de ex-atleta como melhor comentarista, apesar de elogiá-lo, mas ele não gostou e respondeu
Era só mais um texto da colunista esportiva Milly Lacombe do portal UOL, mas virou mais uma troca de farpas pública nas redes sociais. A jornalista fez uma coluna com título “Escolha de melhores e piores é retrato da masculinidade tóxica no futebol”, publicada na terça-feira (3), onde criticou a escolha do ex-jogador Pedrinho, atual comentarista da TV Globo, como melhor comentarista do ano de 2022, feita por atletas do campeonato brasileiro.
Milly classificou a eleição do ex-atleta, em detrimento a nomes como Ana Thais Matos, também da Globo, e Walter Casagrande que foi para o UOL após sair da Globo, apontados como os piores comentaristas, como “papel da masculinidade tóxica e frágil no futebol”. Antes, ela elogiou o trabalho de Pedrinho como comentarista.
A jornalista disse que o ex-jogador ganhou a enquete “por ser o macho-alfa dessa história”.
Pedrinho demonstrou não ter gostado do texto e usou suas redes sociais para “responder” à jornalista. Em um vídeo em seu perfil no Instagram, o comentarista disse que Milly foi preconceituosa.
“Você, que prega muitas coisas, mas faz tudo diferente. Você que luta contra o preconceito e foi preconceituosa comigo. Me rotulando de macho alfa, de macho dominante. Não sei nem o que está falando”, afirmou o ex-atleta na publicação, onde continuou.
“Tenho duas filhas, meninas, gêmeas. Sou referência para elas. Você não vai me rotular, não vai lacrar em cima de mim”, disse.
A postagem de Pedrinho ganhou comentários de colegas de emissora, como o apresentador Thiago Leifert, e de jogadores da seleção como Thiago Silva e Neymar.
Mas, a jornalista continuou a falar de Pedrinho em sua coluna desta quarta-feira (4). Em um texto com título “Pedrinho, volta aqui: você não entendeu o que escrevi”, Milly fala que ficou triste pela percepção do ex-atleta sobre o que ela escreveu.
“Como fã do atleta que vi jogar muitas vezes, fiquei triste por perceber que ele não havia entendido tudo o que pontuei no texto. Mas também fiquei um pouco lisonjeada porque não é todo dia que alguém como ele percebe nossa existência. Não era para tanto, pensei. E não era mesmo. O texto é elogioso a ele, eleito melhor comentarista por jogadores”, diz a coluna da jornalista, que continua.
“Pedrinho é excelente comentarista, como já disse algumas vezes. Merecia o prêmio, sem dúvida. O texto o cita nominalmente porque ele foi o vencedor. Para falar da eleição de melhores e piores e de seus significados nesse mundo tão masculino eu precisava citar os nomes. O vídeo que ele gravou reforça ponto a ponto tudo o que escrevi”, apontou Milly.
Antes de publicar a coluna ela também usou seu perfil no Twitter para falar do conteúdo da coluna sobre a escolha de Pedrinho como melhor comentarista.
Sobre o texto tão comentado a respeito da masculinidade tóxica no futebol gostaria de dizer que as apaixonadas reações reforçam o argumento nele contido. Como disse um amigo: reações compreensíveis ainda que condenáveis. A histeria na crítica fortalece a necessidade de escrevê-lo
— Milly Lacombe (@millylacombe) January 4, 2023
(Publicado por Carolina Farias)
