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    Mario Frias aceitaria vaga para a Cultura; Fúlvio Stefanini espera Regina fora

    Durante o debate 360 da CNN, Frias disse aprovar o governo Bolsonaro e que está disponível caso Regina Duarte deixe o cargo

    Da CNN, em São Paulo

     

    O tema da Cultura voltou ao noticiário brasileiro nos últimos dias após as críticas abertas de Bolsonaro a atual secretária Especial Regina Duarte e a nomeação e demissão em um dia de Dante Mantovani da Funarte. Para discutir a situação, a CNN promoveu debate entre os atores Fúlvio Stefanini e Mario Frias.

    Segundo o apresentador da CNN Daniel Adjuto, Frias está sendo cotado para assumir a pasta caso Regina deixe o cargo. Durante o debate, o ator disse “estar à disposição” de Bolsonaro.

    Para Fúlvio, os crescentes atritos entre Regina e o presidente criaram uma situação insustentável para a atriz, que segundo seu ex-colega de Rede Globo, deveria ser suficiente para a saída da secretaria. “Fui um entusiasta da ideia de Regina na Cultura, sou amigo dela. Ela me parece uma pessoa responsável, com vontade de fazer a coisa certa, mas acho impossível trabalhar dessa forma, sem segurança, com notícias de que ela será dispensada a todo momento”.

    Mario discordou, afirmou que o Brasil já viveu governos mais confusos e disse que a situação de Regina é comparável a alguém que chega a uma nova empresa e precisa se adaptar aos costumes do local. “Quando vamos trabalhar em uma empresa temos regras a seguir. Não é o caso do Governo Federal, que deu carta branca aos ministros, mas em momento nenhum disse que não iria interferir. A confusão que foi gerada deve ter acabado nesse almoço”, disse Mario em alusão a encontro realizado entre Regina e Bolsonaro na tarde desta quarta-feira (6).

    Fúlvio lembrou da participação de Bolsonaro a atos contra o Congresso e STF, e disse que é preciso mudar a maneira como enxergamos o governo. “Deveríamos estar vivendo um processo democrático mais pleno e não é o que está acontecendo. Vemos o presidente participando de atos antidemocráticos. O governo não vê as necessidades e aflições do povo”.

    “As manifestações do último domingo me emocionaram”, disse Mario, que defendeu as pessoas na rua, mas disse que a atitude “não é uma afronta às medidas de isolamento”. O ator também se colocou à disposição de Jair Bolsonaro quando questionado se tinha recebido sondagens para assumir a Cultura. “Sobre as falas de nomeação, o que o Jair precisar, estou aqui. Torço demais para a Regina e não fui procurado para assumir, mas estou aqui para o Brasil para o que for preciso”.

    Já para Fúlvio, o governo não dá condições para Regina exercer seus projetos, e que não vê perspectiva de mudança em relação a isso. “Regina pode até ter condição de fazer um bom trabalho, mas ela devia sair porque não vejo ela tendo espaço para fazer um bom trabalho. É um problema difícil para se resolver no momento”.

    Mario diz que é uma questão de alinhamento, e que Regina precisa entender onde está pisando para poder realizar seus projetos. “Quem assumiu quer ver a pasta andando para uma direção e não conseguiu fazer isso até agora. É uma questão de profissionalismo, é preciso seguir uma linha. Para mim precisa ser feito um alinhamento sério com a forma de entender o novo governo”.

    Fúlvio terminou sua fala reafirmando que Regina deveria sair da pasta por falta de liberdade para trabalhar. Já Mário diz ver em Bolsonaro um presidente preocupado com o povo, e que Regina “é uma estrela e vou continuar torcendo para que dê certo. Quero que o Brasil dê certo”.

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