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    Mãe dos Irmãos Menendez em série já causou polêmica com cena de sexo; entenda

    Musa indie de Hollywood, Chloë Sevigny provocou vaias e sussurros no Festival de Cannes em 2003 ao protagonizar uma cena de sexo oral explícito no filme "Brown Bunny"

    Flávio Pintocolaboração para a CNN

    Chloë Sevigny, 49, está conquistando notoriedade entre o grande público devido a um projeto em alta no momento. A atriz, que já foi musa do cinema indie e indicada ao Oscar, agora se encontra no centro das discussões de cultura pop com “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais“, série da Netflix sobre o caso dos irmãos que assassinaram os pais.

    Mas antes de interpretar Kitty Menendez, a matriarca da família na série de streaming, Sevigny era mais conhecida por causa de uma polêmica cena de sexo. Em 2003, a atriz participou do filme “Brown Bunny“, que foi dirigido, escrito, produzido e estrelado por Vincent Gallo (de “Buffalo 66”), que estreou no Festival de Cannes daquele ano.

    Na trama, Sevigny interpreta Daisy, a ex-amante do piloto Bud Clay, que o assombra frequentemente enquanto ele tenta seguir sua vida. No entanto, o que gerou controvérsia no filme não foi a história em si, mas uma das cenas de sexo. Em particular, uma sequência em que a personagem de Chloë Sevigny realiza sexo oral em Vincent Gallo, uma cena que não foi simulada.

    Antes da estreia do filme no Festival de Cannes, a cena já era amplamente comentada no mundo do entretenimento, inclusive com rumores de que seus representantes na William Morris Agency a haviam dispensado — que se provaram incorretos, já que a agência ainda cuida da atriz até hoje.

    Naquela época, havia a impressão de que a carreira de Sevigny poderia ficar para sempre manchada por causa de uma única cena.

    Chloë Sevigny no filme "Meninos Não Choram"
    Em 1999, Chloë Sevigny recebeu uma indicação ao Oscar pelo filme “Meninos Não Choram” como Melhor Atriz Coadjuvante • Divulgação

    Se a situação já era delicada antes do festival europeu, na estreia do filme ficou ainda pior. A reação do público e da crítica, em Cannes, foi esmagadoramente negativa, com o renomado crítico Roger Ebert chegando a declarar que “Brown Bunny” era o pior filme já exibido na história do evento. Ele também alegou que Sevigny chorou durante a exibição do longa-metragem.

    Quase um ano depois, em agosto de 2004, durante o lançamento oficial de “Brown Bunny” nos Estados Unidos, Sevigny defendeu o filme e sua polêmica cena final, afirmando: “É uma pena que as pessoas escrevam tantas coisas sem assistir. Quando você vê o filme, faz mais sentido. É uma obra de arte. Deveria ser exibido em museus. É como um filme de Andy Warhol.”

    Apesar da reação negativa à participação de Sevigny no filme, alguns críticos elogiaram sua escolha. Manohla Dargis, crítica do New York Times, afirmou: “É realmente surpreendente ver uma atriz famosa arriscar sua carreira. Mas dê crédito a ela. Atrizes têm sido solicitadas, e até coagidas, a realizar atos semelhantes para cineastas desde o início do cinema, geralmente a portas fechadas.”

    Em 2017, ela voltou a falar sobre o assunto em entrevista à Interview Magazine, onde declarou: “Consegui meu primeiro filme de estúdio depois disso. Nunca tinha recebido uma oferta para um filme de estúdio antes. Foi ‘Zodíaco’. Não acho que isso tenha me prejudicado, necessariamente. Quer dizer, me afetou de várias maneiras… Alguns relacionamentos foram impactados por causa disso. Claro que minha mãe e eu nunca falamos sobre o assunto.”

    Irmãos Menendez

    Na produção da Netflix, a dupla Nicholas Alexander Chavez e Cooper Koch interpretam os irmãos condenados pelo assassinato dos pais.

    José Menendez é interpretado por Javier Bardem, conhecido por seu papel em “Duna”, enquanto Kitty Menendez é interpretada por Chloë Sevigny.

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