Lisa Marie Presley dá detalhes sobre morte de Elvis em autobiografia
Livro de memórias foi lançado na terça-feira (8) nos Estados Unidos; artista morreu em 2023
Em sua autobiografia póstuma, “From Here to the Great Unknown” (ainda sem título em português), Lisa Marie Presley revelou o impacto devastador que a morte de seu pai, Elvis Presley, teve sobre ela, quando tinha apenas nove anos.
O livro, lançado na terça-feira (8) nos Estados Unidos, é um relato profundamente pessoal das alegrias e traumas que a única filha de Elvis e Priscilla Presley enfrentou antes de sua morte em 2023, aos 54 anos, devido a complicações de uma cirurgia anterior. A obra foi concluída por sua filha, a atriz Riley Keough, de 35 anos.
Em um dos trechos mais comoventes do livro de memórias, Lisa Marie descreve o momento em que acordou, em 16 de agosto de 1977, com a sensação de que algo estava errado. Ela correu para o quarto do pai, do outro lado do corredor, e o encontrou sem vida no chão do banheiro, vítima de uma parada cardiorrespiratória.
O funeral do Rei do Rock aconteceu em sua famosa propriedade, Graceland, e foi aberto aos fãs, que se mobilizaram para a despedida do cantor. Lisa relatou que, quando o público deixava o local, ela voltava sozinha para o velório do pai. “Eu tocava o rosto dele e segurava sua mão, conversando com ele”.
Em outro momento, a cantora compartilhou como lidou com o luto ao longo de sua vida: “Algumas noites, já adulta, eu bebia, ouvia suas músicas e ficava sentada chorando. O luto ainda vem. Ainda está lá”.
Riley acredita que sua mãe nunca superou o falecimento de Elvis: “Eu entrava no quarto dela e ela tinha caixas de som — porque isso foi há muito tempo — e ela ficava sentada no chão chorando enquanto ouvia a música do pai dela”.
“Fiquei emocionada por ela estar compartilhando isso com o mundo, porque era uma história da qual ela se sentia muito protetora”, completou ela em entrevista à BBC.
A obra aborda outros temas delicados, como a morte do filho de Lisa Marie e irmão de Riley, Benjamin Keough, que morreu aos 27 anos por suicídio em 2020.
“O que ela queria fazer em sua autobiografia, e o que espero ter realizado ao finalizá-la, foi ir além das manchetes sensacionalistas e revelar a essência de quem ela realmente era. Transformá-la em um ser humano multifacetado: a melhor mãe, uma jovem selvagem, uma amiga leal, uma artista subestimada, franca, engraçada, traumatizada, alegre, em luto — tudo o que ela foi ao longo de sua vida extraordinária. Quero dar voz à minha mãe de uma forma que lhe escapou enquanto estava viva”, declarou Riley.
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