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    Kesha revela que “quase morreu” após realizar congelamento de óvulos

    Entretanto, especialista ouvido pela CNN diz que é pouco provável que o problema de saúde da cantora tenha relação com o procedimento

    Nicoly Bastoscolaboração para a CNN , São Paulo

    Em entrevista publicada nesta terça-feira (20), a cantora Kesha afirmou que “quase morreu” após um procedimento para congelamento de óvulos. Ela diz ter tido “sérias complicações” de saúde no início deste ano.

    “Eu quase morri em janeiro”, contou Kesha à revista “Self”. Ela acabou no hospital depois de passar mal em um show realizado nas Bahamas. Lá, os médicos descobriram que a estrela havia desenvolvido ICV (imunodeficiência comum variável), uma complicação incomum, mas grave, depois do procedimento.

    Kesha foi encaminhada para um hospital em Miami, onde ficou internada por nove dias. “Finalmente me sinto recuperada, mas demorou alguns meses”, disse ela. “Foi horrível”, acrescentando que foi um resultado doloroso para uma decisão extremamente pessoal.

    À CNN, o ginecologista Igor Padovesi, do Hospital Albert Einstein, afirmou que, provavelmente, o problema que a cantora teve não está relacionado ao congelamento dos óvulos.

    “A ICV é uma condição muito rara, de causa ainda não bem estabelecida. O deflagrar da doença costuma ser após alguma infecção bacteriana, viral, fúngica ou ainda descompensação aguda de uma doença crônica. Muitas vezes não é possível identificar exatamente a causa da ICV. E, no geral, não é uma complicação associada ao congelamento de óvulos”, afirmou o especialista.

    Ele acrescenta que, pelo fato de a doença ter surgido semanas depois do procedimento, é ainda menos provável que tenha havido alguma relação entre os episódios.

    “Depois do procedimento, não há necessidade de repouso, afastamento do trabalho ou abstinência sexual para além do procedimento cirúrgico. Hoje em dia, com as novas medicações, o risco de complicações é baixíssimo.”

    Então o que poderia ter ocasionado a doença em Kesha? “Ela muito provavelmente já trazia alguma característica genética que predispunha à ICV, o que pode ou não ter tido o gatilho para início dos sintomas após o tratamento. Não é uma complicação esperada”, reforçou o médico.

    Ao explicar sobre a decisão do procedimento, a artista contou que optou por “guardar” os óvulos pois iria lançar seu novo álbum e queria mais tempo para pensar no que significava ter um filho no mundo de hoje –sem ter que se apressar sobre isso.

    “Eu estava apenas cuidando da minha saúde reprodutiva”, afirmou ela. “E eu apoio todos que fazem isso e [honram] seu corpo.”

    Kesha lançou seu quinto álbum de estúdio, intitulado “Gag Order”, em 19 de maio deste ano. De acordo com Igor Padovesi, a doença autoimune não afetará seu desempenho nas performances de divulgação e futuros shows.

    “Embora a doença não tenha cura, com seguimento adequado com imunologista ou reumatologista ela é controlável e a artista pode seguir a carreira normalmente”. Além disso, o médico afirma que a ICV não é uma contraindicação se a artista optar por gerar um filho no futuro.

    Kesha também aproveitou para falar da recuperação da bulimia, transtorno alimentar que a acompanhou durante a vida. “Depois de não me permitir comer ou desfrutar de comida por tanto tempo na minha vida, eu realmente dobrei uma esquina, e agora, eu amo comida. Comecei a cozinhar e vou ao mercado.”

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