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    Idol de k-pop Mark Tuan tem lembrança inesquecível de quando morou no Brasil

    Com show marcado para 11 de julho em São Paulo, cantor contou à CNN que morou em Foz do Iguaçu

    Isabela Gadelhada CNN

    O cantor americano Mark Tuan, membro do grupo de K-pop GOT7, fará seu primeiro show solo no Brasil no dia 11 de julho, em São Paulo. Mas esta não será sua primeira vez em solo brasileiro.

    Mark nasceu em Los Angeles, Califórnia, mas passou parte de sua infância no Paraguai e no Brasil. Em entrevista à CNN, ele revelou que viveu em Foz do Iguaçu, Paraná, aos três anos de idade.

    Apesar de não falar português, Mark é poliglota: americano com ascendência taiwanesa, domina inglês, mandarim, coreano e consegue se virar em japonês.

    Tudo isso é reflexo de suas experiências nesses 30 anos de vida, até porque foi descoberto ainda jovem, aos 16 anos de idade. Em 2010, foi recrutado pela agência de K-pop JYP Entertainment.

    Ele se mudou para Seul, Coreia do Sul, onde enfrentou desafios como a saudade de casa e a barreira linguística. Apesar disso, se dedicou a aprender canto, dança e rap, estreando como membro do GOT7 três anos depois.

    O GOT7 nunca fez um show no Brasil, mas possui uma base sólida de fãs [chamados Ahgase] os esperando por aqui. Durante o atual período, em que os membros estão explorando carreiras solo ou cumprindo o serviço militar obrigatório na Coreia do Sul, Mark é o quarto integrante a se apresentar no Brasil, seguindo Jay B, Jackson Wang e BamBam.

    Na entrevista à CNN, Mark compartilhou memórias de sua infância no Brasil, refletiu sobre suas realizações até os 30 anos e falou sobre os membros do GOT7. Confira:

    Você é americano, de ascendência taiwanesa, morou no Brasil, morou na Coreia do Sul, fala muitas línguas. Como você organiza tantas referências culturais na sua mente? Consegue separá-las ou há momentos em que você se confunde?  

    Hum, eu acho que às vezes fica um pouco confuso porque, sabe, eu vivi na Coreia por tanto tempo, e por lá tem tantas expressões, certo? Há tantas maneiras de dizer uma certa coisa. E às vezes, quando estou falando em inglês, eu tento traduzir essas expressões de forma literal e não faz muito sentido. As pessoas ficam tipo: “O que você está dizendo?”. Então, sim, eu acho que há alguns momentos em que fica um pouco confuso, mas na maioria das vezes elas estão bem separadas. 

    Você viveu no Brasil quando era jovem, certo? Pode resolver um mistério para nós? Onde você morou?  

    Eu não me lembro, mas meu irmão está bem aqui ao meu lado. Espera um segundo. [Corre e volta] Meu irmão se lembra porque ele nasceu lá. Ele disse que foi Foz do Iguaçu. 

    Mistério resolvido! Sabemos também que você tem uma história sobre uma cobra no Brasil. O que aconteceu?  

    Ah, então, eu cheguei em casa com meu irmão e, não lembro se ouvi um barulho ou algo assim, mas olhei debaixo da minha cama e havia uma cobra. A cama ficava bem ao lado de uma janela. Vivíamos em uma pequena comunidade, tivemos que chamar a segurança e eles vieram jogar a cobra pela janela de novo. 

    E você nunca esqueceu mesmo sendo bem novo. 

    Sim, eu não lembro quantos anos eu tinha. Uns três, talvez.

    E, bem, você finalmente está voltando ao Brasil, dessa vez com sua turnê. Tem alguma música em particular que você mais gosta de apresentar nos shows? 

    Agora eu diria “Everyone Else Fades”. Não sei, tem algo nessa música que me dá muita energia dos fãs ao apresentá-la. Essa, ou outra do novo EP, “Fallin'”. Só porque é muito animada e tem uma banda ao vivo tocando comigo também. Então aumenta muito a energia. 

    E você sabe que energia é algo que fazemos muito bem aqui no Brasil, certo? Somos bem barulhentos.  

    É minha primeira vez me apresentando para os fãs brasileiros, então estou muito animado pra ver isso.

    Você fez 30 anos no ano passado. As expectativas que você tinha quando era mais jovem sobre essa idade corresponderam às suas experiências? Como você se sentiu? 

    Acho que fiquei um pouco ansioso no começo. Porque muitas pessoas dizem que os 30 são o ano em que você começa a se sentir velho. No começo, pensei: “Ah, será que isso vai acontecer comigo?” Mas depois que fiz 30 anos, ainda me sinto o mesmo. Mas quando as pessoas sabem minha idade ou estamos falando sobre idade penso: “Nossa, estou realmente velho, estou envelhecendo”. Porque comecei quando tinha, o quê, uns 20 e poucos anos? E agora tenho 30. Quanto tempo mais tenho para fazer música e coisas assim? Acho que às vezes isso meio que me afeta agora. Vou fazer 31 anos este ano, então penso: “Nossa, mais um ano já!” 

    Você está mais velho, mas ainda é muito jovem. Você sente que nesta indústria sempre querem que você seja jovem e não há muito espaço quando você passa dos 30?  

    Às vezes penso assim, mas depois penso: “Sabe de uma coisa? Acho que não importa muito”. Se você trabalha duro e lança boa música, os fãs sempre estarão lá, apoiando. Acho que depende de como você é e de quanto você se dedica. Isso é algo em que preciso me esforçar ainda mais. 

    E como disse, você começou a trabalhar bem jovem nessa indústria. Depois de terminar seu contrato com a JYP Entertainment, voltou para Los Angeles e passou um tempo com a família e amigos. Quão significativo foi para você ter essa pausa depois de tantos anos trabalhando sem parar?  

    Acho que ajudou muito. Só de poder passar um tempo com minha família, porque quando eu estava na Coreia, era sem parar, certo? Era álbum após álbum. Então, acho que poder desacelerar um pouco e descobrir o que eu queria fazer definitivamente ajudou muito, porque quase desisti da música. Mas ainda me divirto muito agora e atualmente estou no estúdio, tentando fazer mais músicas. 

    Então essa pausa te ajudou a perceber que a música era o que você mais queria fazer? 

    Definitivamente, sim. 

    E temos que falar sobre o GOT7, certo? Como você disse, trabalhou muitos anos na Coreia. Nesse tempo, morou em um dormitório com seis outros membros do grupo. Se você tivesse que morar com um membro do GOT7 novamente, qual você escolheria e por quê? 

    Talvez Bambam. BamBam ou Yugyeom. Eu sinto que BamBam mantém tudo muito limpo na casa dele e acho que Yugyeom é muito, muito tranquilo. A gente ia ficar bem na nossa, talvez sair junto às vezes. É, acho que seria um deles dois.

    E eu gostaria de te ensinar como seus fãs te chamam aqui no Brasil. Você tem um apelido, sabia disso? Eles te chamam de “Marquinho”. 

    Marquinho? Ah, vou anotar. Acho que meu pai costumava me chamar assim! 

    Confira um trecho da entrevista: 

     

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