Hugh Grant diz ter recebido conselho da sogra para não virar político
Ator esteve envolto em uma campanha contra a reeleição do Partido Conservador do Reino Unido em 2019
O ator britânico Hugh Grant admitiu que pensou em embarcar na carreira política antes de reconsiderar devido aos abusos enfrentados pelos políticos.
Falando à Entertainment Weekly sobre seu papel na minissérie de sátira política “O Regime”, Grant, que interpretou políticos na tela, foi questionado se ele já havia cogitado a ideia de entrar na política na vida real.
“Isso passou pela minha cabeça. Mas o que realmente vejo de perto é que é quase impossível fazer alguma coisa. É simplesmente impossível. Você tem que trazer tantas pessoas com você”, disse ele.
Grant disse que discutiu o assunto com a mãe de sua esposa Anna Elisabet Eberstein, Susanne Eberstein, ex-membro do parlamento sueco, que o aconselhou a não entrar na política porque “acordo de cavalheiros” e “o abuso que está ocorrendo é impensável”.
O ator relembrou como esteve envolvido em uma campanha de votação tática durante as eleições britânicas de 2019, em uma tentativa de impedir a reeleição do Partido Conservador, dizendo que sofreu abusos “terríveis”.
“O que foi interessante foi o abuso que veio da direita. Nunca sei se eles são reais ou se são bots. Mas eles são bons. Eles são brilhantes no que fazem. E foi absolutamente aterrorizante”, disse Grant.
O abuso “foi realmente extremo, chocante e ameaçador para a família”, acrescentou.
“Então, vejo que é preciso ser muito corajoso ou louco para entrar na política na era digital.”
Em “O Regime”, Grant interpreta Edward Keplinger, o antigo chanceler de um país fictício da Europa Central cujas minas de cobalto fazem com que representantes de nações maiores, incluindo uma senadora dos EUA (Martha Plimpton), se interessem pela sua estabilidade e futuro.
Kepliner foi deposto e preso pela agora chanceler Elena Vernham, interpretada por Kate Winslet, na minissérie de seis episódios da HBO do escritor Will Tracy (cujos créditos incluem “The Menu” e “Succession”) e dos diretores Stephen Frears e Jessica Hobbs (cujos credenciais incluem “A Rainha” e “A Coroa”, respectivamente).
