Homem que entrou no Guinness após 3 mil visitas à Disney fala de atrações favoritas
Reitz conversou com a CNN sobre seus momentos favoritos no parque e o que fex com que ele quisesse voltar dia após dia
Existem os frequentadores dos parques da Disney e existe o Jeff Reitz. O nativo da Califórnia de 50 anos visitou a Disneylândia todos os dias durante 2.995 dias entre 2012 e março de 2020, ganhando um novo recorde mundial do Guinness.
A aventura de Reitz começou há uma década, quando ele se viu com um passe anual da Disneylândia e, por estar desempregado recentemente, tinha muito tempo livre.
Uma visita se transformou em outra, e logo ele estava documentando suas jornadas diárias para milhares de seguidores nas redes sociais, na página Disney366 – um aceno para o número de dias do ano, feito em 2012, ano bissexto.
Suas visitas foram limitadas pela pandemia no início de 2020, mas a história já havia sido feita. Afinal, frequentou o mesmo lugar todos os dias durante oito anos, o que lhe deu o status de uma espécie de celebridade.
Pesquisadores do Guinness descobriram a façanha de Reitz e recentemente o contataram, informando sobre o novo recorde.
Reitz conversou com a CNN sobre seus momentos favoritos no parque e o que fex com que ele quisesse voltar dia após dia.
Por que ele começou sua série de recordes
Reitz tem uma história com a Disneylândia. O parque já parecia um velho amigo quando ele começou sua série em 2012. “Eu cresci em Huntington Beach e minha família costumava vir várias vezes por ano”, disse ele à CNN.
“É um bom lugar para passear e conversar com as pessoas. O parque realmente está vivo. Tenho que ver tantas coisas mudarem.”
Além disso, o custo era bastante baixo, especialmente para os padrões da Disney. “Uma crítica que recebo é que as pessoas dizem: ‘Ah, isso deve ter custado muito dinheiro’. Moro a cerca de 20 minutos de distância e, com um passe anual que também cobre o estacionamento, um ano de visitas diárias custa cerca de US$ 1.400. É muito, mas não é o que as pessoas pensam.”
Mesmo quando Reitz voltou ao trabalho, ele fazia uma viagem diária de seu trabalho para a Disneylândia e depois para casa. “Parte do que tornou tudo divertido foi que tentei misturar as coisas e fazer as coisas de maneira diferente a cada vez”, diz ele.
“A única coisa consistente era que eu postava um check-in nas redes sociais e tentava postar uma imagem do parque por dia.” Em 2012, o Instagram não era exatamente o gigante cultural que é agora, e os smartphones não eram tão inteligentes. Em vez disso, Reitz capturou os primeiros anos de sua visita em um BlackBerry Bold 9700.
Atividades e comidas favoritas
O destino favorito de Reitz na Disneylândia é o Matterhorn Bobsleds, um par de montanhas-russas de aço que serpenteiam por uma paisagem de montanhas, que lembra os Alpes.
“É minha atração favorita desde que eu era pequeno”, diz ele.
A inauguração de Star Wars: Galaxy’s Edge em 2019, um complexo no parque com vários brinquedos e atrações diferentes, ficou em segundo lugar.
Qualquer fã da Disney sabe que uma atração não é apenas uma atração – é uma experiência. É possível sentar-se o dia todo sem andar um único passeio e ainda aproveitar a atmosfera.
“Há uma área nas docas dos barcos em frente ao Matterhorn onde gosto de relaxar quando visito”, diz Reitz. “Às vezes, entro no Galaxy’s Edge e ouço os sons de fundo e a música. Ou vou escalar a Adventureland Treehouse para ter uma bela vista.”
Quanto à alimentação, vale dizer que a comida da Disney não é barata nem fácil. Mas Reitz descobriu uma opção confiável: macarrão do restaurante Pizza Port na seção Tomorrowland do parque.
Razões para voltar
Embora passeios emocionantes e carboidratos certamente possam ser grandes incentivos, eles não eram a razão pela qual Reitz voltava ao parque dia após dia.
“Sempre foram os membros do elenco que fizeram a mágica, não o lugar em si”, diz ele. Com o passar dos anos, ele colecionou histórias e segredos dos funcionários dos parques da Disney, que são chamados de membros do elenco.
Um membro do elenco que costumava ser um pintor de parque contou a Reitz sobre pequenos ovos de páscoa com os quais os artistas se divertiam, como uma lixeira na “cidade fantasma” do parque de Frontierland que ele ocasionalmente repintava com diferentes números populacionais.
Em 2013, quando Reitz percebeu que uma grande árvore perto da saída do parque estava faltando, um membro do elenco disse a ele que poderia contar uma de duas histórias sobre ela. “Ela disse que o realista era que a árvore, que era muito velha, estava doente e precisava ser derrubada. A boa história, ela disse, é que algumas árvores foram plantadas quando Walt [Disney] abriu o parque pela primeira vez, e elas simplesmente foram transferidas para outro local.”
Algum tempo depois, ao passar por uma esquina da atração Soarin ‘no Disney’s California Adventure (o parque vizinho à Disneylândia, que Reitz às vezes também visitava), ele avistou uma árvore que nunca tinha visto antes parecia estranhamente familiar.
“Era a mesma árvore? Quem sabe se é verdade. Mas é esse tipo de mágica que eles podem criar.”
O que ele fará a seguir
Os tempos mudaram, e entrar e sair da Disneylândia não é tão fácil quanto costumava ser.
Como resultado da pandemia, o parque agora opera com um sistema de reserva de admissão que limita efetivamente quando os visitantes podem entrar.
Embora dificulte as visitas frequentes, também garante que o recorde de Reitz não seja contestado – pelo menos não por enquanto.
Até então, há muitas novas atrações para Reitz descobrir, como o novo campus dos Vingadores do parque. “Depois de ficar fora do parque por três anos, voltar é uma chance para mim de ter uma experiência reveladora”, diz Reitz.
“Vai ser quase como começar de novo, e isso é emocionante. O próprio Walt Disney disse uma vez: ‘A Disneylândia nunca será concluída. Continuará a crescer enquanto houver imaginação no mundo.’”
