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    Greve dos atores de Hollywood chega ao fim após quase 4 meses

    Paralização dos profissionais estava em andamento desde o dia 13 de julho; entenda

    Bárbara Carvalhocolaboração para a CNN

    São Paulo

    Os representantes do SAG-AFTRA ratificaram um acordo temporário que pôs fim à greve mais prolongada de atores contra os estúdios de cinema e televisão na história de Hollywood.

    A presidente do sindicato, Fran Drescher (conhecida pela série de TV “The Nanny”), chamou a concessão de “histórica”, e os estúdios disseram que “representa um novo paradigma” para Hollywood, para a TV e para os atores.

    A paralisação foi encerrada na virada de quarta para quinta-feira, 9 de novembro, à 0h01 do horário de Los Angeles, ou 5h01 de Brasília. O movimento estava em andamento desde o dia 13 de julho deste ano.

    Segundo a revista americana Variety, o acordo implica em aumentos salariais de 7% para os atores, superando em dois pontos percentuais o previamente discutido nas negociações entre a AMPTP e os sindicatos de diretores e roteiristas. Além disso, o acordo inclui disposições legais para proteger os artistas contra o uso de suas imagens por meio de inteligência artificial.

    “A AMPTP está satisfeita por ter chegado a um acordo provisório e espera que a indústria retome o trabalho de contar grandes histórias”, afirmaram os estúdios em comunicado.

    Os termos do acordo, no entanto, ainda precisam ser ratificados pelos sindicalistas antes de entrar em vigor e não foram divulgados previamente. O sindicato disse que não os revelaria até que o conselho sindical analisasse o acordo.

    De acordo com a CNN Business, em uma declaração aos membros, o sindicato classificou o âmbito do acordo como “extraordinário”. Os detalhes completos devem ser divulgados na sexta-feira (10), após a votação do conselho nacional.

    Entenda a greve

    Esta foi a primeira vez em 63 anos que atores e roteiristas interrompem suas atividades ao mesmo tempo. O Writers Guild of America (WGA) está em greve desde 2 de maio, maior paralisação da categoria desde 2007 (excetuando as causadas pela pandemia de Covid-19).

    O esvaziamento dos sets de filmagem, campanhas de divulgação dos filmes, premiações e outros eventos do mercado de entretenimento, imposto pelo movimento, deixou Hollywood praticamente parada.

    Fran Drescher, presidente do SAG-AFTRA, classificou a greve como uma “decisão difícil”, mas unânime entre os associados. “É inaceitável esperar que o modelo de negócios mude sem que os contratos mudem também”, disse.

    Entre as restrições dos sindicatos, além do trabalho no set de filmagens, constavam a participação em qualquer evento de divulgação, material publicitário ou cerimônia de premiação envolvendo os filmes.

    A atriz brasileira Bruna Marquezine havia anunciado sua adesão à greve e a paralização na divulgação de seu filme de estreia em Hollywood, “Besouro Azul”.

    Além disso, filmes em produção, casos de “Gladiador 2” e “Mortal Kombat 2”, precisaram suspender suas filmagens.