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    Gabriel Chalita lança livro sobre encontro fictício do Papa com São Francisco

    "Entre Franciscos: o Santo e o Papa" supõe conversa entre o pontifício e a figura santa que teria dedicado a vida aos pobres

    Paulo Gorgulho e César Mello no espetáculo "Entre Francisco: o santo e o Papa", com texto de Gabriel Chalita
    Paulo Gorgulho e César Mello no espetáculo "Entre Francisco: o santo e o Papa", com texto de Gabriel Chalita Guilherme Logullo/Divulgação

    Pedro N. Jordãoda CNN

    Gabriel Chalita, ex-secretário da Educação do estado de São Paulo, lançou na noite desta sexta-feira (10) seu novo livro: “Entre Franciscos: o Santo e o Papa“. A obra apresenta um encontro fictício entre o Papa Francisco e São Francisco de Assis.

    Escrita inicialmente para o teatro, a obra foi adaptada por Chalita para o novo formato.

    No enredo, os personagens santos se encontram em uma lavanderia criada em 2017 pelo Papa, no Vaticano, para atender a população em situação de rua. Eles discutem sobre as inquietações contemporâneas do mundo.

    A conversa logo se torna um diálogo filosófico sobre o ser humano, os animais, as dores e os amores da vida no mundo. O texto de Chalita faz refletir sobre ações cotidianas e como elas podem ser melhoradas. É “uma história para pensar e sentir”, como o autor define.

    “É o encontro da bondade, de dois homens, um que entrou para a história e outro que está fazendo história, que têm em comum a linda capacidade de amar”, comenta Chalita à CNN.

    “Para mim, que sou educador, a grande mensagem que eles têm em comum e que a gente precisa passar para as pessoas hoje é que o ser humano não pode ser descartado, jogado fora, abandonado, que o ser humano não pode ser invisível”, completa.

    O autor se diz fã de São Francisco de Assis e considera que o legado dele ultrapassa as questões de uma religião específica.

    “Acho que ele tem uma marca de alguém que soube amar as pessoas que ninguém amava, sobre dizer coisas em uma época que não se dizia, sobre a natureza, é um homem que ultrapassa as questões de uma religião específica”.

    A adaptação do texto dramático para o livro não teve grandes alterações, segundo Chalita. O espetáculo teatral, no entanto, recebe elementos cenográficos da direção e da produção, que ajudam a dar vida ao que ele imaginou.

    O livro foi lançado pela editora Minotauro (Grupo Almedina) e, no mesmo dia, ocorreu a estreia do espetáculo de teatro homônimo, com direção de Fernando Philbert.

    São Francisco é interpretado pelo ator César Mello, conhecido por seu trabalho em novelas da TV Globo, como “Viver a Vida”, “Lado a Lado”, “Sangue Bom” e “Babilônia”.

    O Papa Francisco, por sua vez, é interpretado pelo ator Paulo Gorgulho, que estreou na TV em 1984, e, desde então, já viveu dezenas de papéis na TV e no cinema, como na novela “Pantanal” (1990), no filme “O Jardim Secreto de Mariana” (2021) e na série “Todo Dia a Mesma Noite” (2023).

    A peça fica em cartaz no teatro Sérgio Cardoso, na Bela Vista, centro da capital paulista, até 30 de junho. Na estreia, marcaram presença o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).

    SERVIÇO
    Entre Franciscos: o santo e o Papa” (espetáculo)
    Onde: Teatro Sérgio Cardoso, Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, São Paulo (SP)
    Quando: de 10 de maio a 30 de junho
    Horários: sextas, sábados e domingos, às 18h
    Vendas online: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada)

    Sobre Gabriel Chalita

    Sua obra literária tem mais de 90 títulos e abrange vários gêneros: dos romances às peças de teatro; dos ensaios filosóficos aos livros de ciência do direito; da literatura infantil aos de teoria da educação; da poesia às crônicas do cotidiano.

    Na área acadêmica, fez dois doutorados: um em comunicação e semiótica e outro em direito. E dois mestrados: um em sociologia política e outro em filosofia do direito.

    É professor da PUC/SP, do Mackenzie e do Ibmec. É também membro da Academia Brasileira de Cultura, da Academia Brasileira de Educação e da Academia Paulista de Letras.

    Foi secretário da Educação do município e do estado de São Paulo. E presidiu o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).