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    Família Kardashian teve participação em julgamento de O.J. Simpson; entenda

    Atleta teve como advogado Robert Kardashian, pai de Kim, Kourtney e Khloé Kardashian

    Família Kardashian e o julgamento de O.J. Simpson
    Família Kardashian e o julgamento de O.J. Simpson Reprodução/ Netflix// Frazer Harrison/Getty Images

    Nicoly Bastosda CNN

    São Paulo

    Antes mesmo de ganharem fama ou um reality show conhecido mundialmente, as integrantes da família Kardashian foram grande pauta da mídia por conta do julgamento de O.J. Simpson. O jogador e locutor faleceu na quarta-feira (10), em decorrência de câncer.

    O.J. Simpson ficou conhecido por ser acusado de assassinar, a facadas, sua ex-mulher, Nicole Brown, e Ronald Goldman, no que se tornou um dos crimes mais comentados dos Estados Unidos. Simpson se declarou inocente e montou uma equipe de advogados famosos. Robert Kardashian, pai das famosas irmãs Kardashian, era amigo de O.J. e foi um dos membros do time de defesa, apelidado de Dream Team.

    A presença de Rob no julgamento marcou a família Kardashian. Kris Jenner, ex-mulher do advogado na época e amiga de Nicole Brown, não acreditava na inocência de O.J. Simpson. Os dois se divorciaram em 1991, três anos antes do crime.

    “Era hora do jantar, estávamos todos sentados e eu atendi o telefone. Era uma ligação da prisão de OJ. Entreguei o telefone para minha mãe porque ele queria falar com ela”, relembrou Kim, em entrevista ao programa “My Next Guest No Need No Introduction”, realizada em 2020.

    Kim e Kourtney Kardashian, que tinham, respectivamente, 14 e 15 anos na época, chegaram a ser levadas para o tribunal pelo pai, que não comunicou a decisão à Kris Jenner. Kim falou sobre o assunto em entrevista à revista GQ em 2023.

    “Meu pai tirou Kourtney e eu da escola”, disse ela. “Ele disse: ‘Quero que vocês, meninas, testemunhem um pedaço da história e vejam como é um julgamento’. Entramos e vimos minha mãe sentada do outro lado. Ela disse: ‘Vocês deveriam estar na escola. O que vocês estão fazendo aqui?’ Kourtney e eu nem olhamos para ela.”

    “Isso foi muito difícil para a nossa família”, concluiu Kim.

    No programa “My Next Guest No Need No Introduction” e relatou como o caso dividiu opiniões entre a família.

    “Minha mãe acreditava que sua amiga foi assassinada por O.J., e isso foi traumatizante para ela. Então íamos para a casa do meu pai e lá era uma situação diferente. Nós realmente não sabíamos em que acreditar ou de que lado ficar, porque não queríamos ferir os sentimentos de um dos nossos pais”, disse ela.

    A família Kardashian também é foco de “American Crime Story”, série que retrata o julgamento de O.J. Simpson.

    O.J. Simpson pai de Khloé Kardashian?

    Circulou por muitos anos nas redes, a teoria de que Khloé Kardashian, na época do crime com 10 anos, era filha de O.J. Simpson. A socialite é comparada, até hoje, com as filhas dele. Em 2019, o atleta abordou, em seu perfil no X (antigo Twitter), o assunto, negando qualquer envolvimento “sexual” com Kris Jenner.

    “Bob Kardashian, ele era como um irmão para mim. Ele era um cara legal”, disse Simpson em um vídeo. “Ele conheceu e se casou com Kris e eles realmente se divertiram muito juntos, quando estavam juntos. Infelizmente, isso acabou. Mas eu nunca – e quero enfatizar, nunca de qualquer forma ou forma – tive qualquer interesse romântico ou sexual em Kris – e nunca recebi qualquer indicação de que ela tivesse algum interesse em mim.”

    Acusação de assassinato

    Em 1994, Simpson respondeu a um processo por duplo homicídio no estado da Califórnia sob acusação de matar a facadas a ex-mulher, Nicole Brown, e seu amigo, Ronald Goldman.

    O atleta foi julgado e posteriormente absolvido das acusações criminais em um processo  que envolveu questões sobre raça, celebridade e evidências forenses. Apesar de sua absolvição criminal, Simpson foi posteriormente considerado responsável pelas mortes em um processo civil movido pela família de Goldman, resultando em um grande acordo financeiro, chegando a US$ 33,5 milhões pelos danos.

    Seu julgamento é descrito como o caso criminal de maior publicidade na história norte-americana, sendo acompanhado por mais de 20 milhões de espectadores. Com duração de 372 dias foram ouvidas 133 testemunhas.

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