Ex-namorada de Matthew Perry pede investigação mais detalhada da morte do ator
Kayti Edwards instou as autoridades a analisarem minuciosamente as circunstâncias da fatalidade
A ex-namorada de Matthew Perry pediu por uma investigação mais detalhada após uma autópsia apontar que a morte do ator, aos 54 anos, aconteceu em decorrência dos “efeitos agudos de cetamina”.
O artista, que foi encontrado sem vida na banheira de hidromassagem de sua casa, em outubro, estava recebendo terapia de infusão com a substância para tratar a depressão, porém, sua sessão final ocorreu mais de uma semana antes de seu falecimento, o que pode indicar que a droga encontrada em seu organismo não era proveniente de seu tratamento.
A ex-namorada de Matthew, Kayti Edwards, instou as autoridades a analisarem minuciosamente as circunstâncias da fatalidade.
“Tenho certeza de que, na cabeça de Matthew, receber infusões de cetamina de um médico contaria como ainda estar sóbrio. Na mente dele, não é a mesma coisa que sair à rua para comprar drogas ilícitas. Esse [tratamento] provavelmente foi o trampolim para ele voltar a usar drogas”, opinou Edwards, em entrevista ao jornal britânico “The Sun”.
Segundo o laudo, os níveis elevados da substância no organismo do ator de “Friends” culminaram em seu afogamento.
“Não fiquei surpresa quando o relatório do médico legista foi divulgado. Eu já sabia o que era, então não foi chocante para mim. Eu não estava presente, então não sei exatamente o que aconteceu, mas conheço Matthew como pessoa e amigo, e tenho ciência dos padrões que levaram a isso. Eu poderia perceber a um quilômetro de distância… ele não aparentava estar bem durante as últimas semanas de sua vida. As pessoas sóbrias que o conheciam nunca saíam com ele quando ele estava consumindo drogas, então não poderiam ter notado os sinais”, acrescentou Edwards.
Em sua autobiografia, “Amigos, amores e aquela coisa terrível”, lançada em 2022, Matthew falou abertamente sobre ter recebido infusões de cetamina enquanto estava internado em uma clínica de reabilitação na Suíça.
No seu livro, ele explicou que a forma sintética do medicamento é usada “para amenizar a dor e ajudar no tratamento da depressão”.
“Eles me levavam para uma sala, me faziam sentar, colocavam fones de ouvido para que eu pudesse ouvir música, me vendavam e colocavam uma infusão intravenosa. Eu pensava: ‘Isso é o que acontece quando você morre’. Mesmo assim, eu me submetia continuamente a essa m**** porque era algo diferente, e qualquer coisa era melhor do que nada. Usar cetamina é como levar uma pancada na cabeça com uma pá gigante de felicidade. Mas a ressaca era forte e pesava mais que a pá. Não era para mim”, relembrou o artista.